18.12.07

Ensino a peso


Não foi preciso Bruxelas decretar porque nós somos bons alunos e já aprendemos a filosofia.

«Todos os manuais do 1.º Ciclo que ultrapassem os 550 gramas ficam automaticamente excluídos da lista de manuais que as escolas podem adoptar. Para os 2.º e 3.º Ciclos o peso aumenta um pouco, estando o limite máximo situado nos 750 gramas.»

Esquecem-se de que os portugueses são hábeis: um livro dará lugar a dois, tiram-se «bonecos», diminui-se o tipo de letra. Melhor ainda, imprime-se em papel Bíblia – ou de mortalha que os jovens conhecem bem.

5 comments:

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Limitar o peso dos manuais é uma solução de facilidade, e portanto uma má solução.

Anónimo disse...

Tens toda a razão, como de costume, acho eu. Mas por que baniste a preposição de? Esquecer-se de alguma coisa: era assim. Se calha, já não é e eu não dei por isso, por não ver televisão.

Ana Cristina Leonardo disse...

São medidas burocráticas fáceis de tornear, mas o peso que as crianças levam nas mochilas é um problema real. Porém, não tem apenas a ver com os livros. A mania dos dossiers carregados de folhas (que se acumulam ao longo do ano) é tão ou mais grave. Numa reunião de pais a que assisti, a professora passou pelo menos dez minutos a explicar "o tipo de dossiers que os meninos devem trazer". Com argolas resistentes, com capas duras, sempre com folhas em branco a mais... se for preciso para alguma coisa..., separadores, etc. etc. etc. Os adultos ouviam atentos e até tomavam notas e quando perguntei "porque não os simples, pequenos, baratos e leves cadernos escolares, um por disciplina..." olharam para mim como se eu tivesse aterrado ali directa da Idade da Pedra

Joana Lopes disse...

que deus (te) acuda: toda a razão - já pus o «de». Só estaria certo sem o «se» depois do «Esquecem». E eu que não gosto nada destes erros...

José Luiz e Ana Cristina: completamente de acordo com o que escrevem. Foi o que quis dizer: não é com burocracia que se resolvem estas questões.

Anónimo disse...

As crianças andam de facto carregadas, já foram inventadas as mochilas aeroporto, por causa de o problemas físicos, agora parecem já esquecidos pais , médicos, professores. Os primeiros ciclos andam com muita tralha às costas, mas há escolas em que se deixam ficar para o dia seguinte ,livros, e os tais dossiês, e apenas se traz para casa o livro e o caderno nos quais de pretende que haja estudo e escrita.
Esta mania de tudo regulamentar parece uma imbecilidade: quantos capítulos vão retirar aos Maias, ou agora como sempre são resumos de resumos que sempre imperaram....
O que se pretende? Livros como sebentas sem o cruzamento de outras linguagens , a visual ,por exemplo, que tantas vezes ajuda. Sou europeu por isso ?
O tempo que estes senhores levam a atirar para o lado das questões essenciais e de um planeta que eu não conheço.