João Tunes «puxou» um texto que Rui Bebiano escreveu na Caixa de Comentários de «A Terceira Noite», a propósito de um post sobre a última reunião das Novas Fronteiras:
«A desvitalização política e o descrédito provocado pelo distanciamento entre as mensagens do poder e o quotidiano das pessoas são meio caminho andado para uma qualquer berlusconização à moda de cá. E assim fechará o ciclo que Abril abriu. Isto sem ser alarmista.»
Não pairam no horizonte quaisquer riscos de fascismos à antiga ou de ditadores tipo Mugabe ou Chávez. Porque estamos na Europa (ainda) requintada, ciosa dos seus punhos de renda e – com toda a justiça – consciente e orgulhosa dos seus séculos de história democrática. Instável, no entanto, por muitas razões, com os dislates de Sarkozy, a ameaça de Tony Blair como presidente, a acção de um papa perigosíssimo, Espanha e Itália à beira de eleições complicadas, etc., etc.
No meio de tudo isto, Portugal não está a aguentar o balanço entre os últimos lugares do pelotão e as passadeiras vermelhas de Bruxelas. E isto pode acabar mal.
Vemos um primeiro-ministro crispado, a transpirar sede de poder por todos os poros e um governo com pés de barro que de socialista só guarda o código de barras.
Cantam-se vitórias que não convencem, não se sente carisma, verdadeira liderança, empatia, generosidade – coisas de que os portugueses precisam como de pão para a boca.
E, exactamente por isso, isto pode acabar mal. Porque está a ficar escancarada a porta para que um qualquer populista seja bem-vindo, no sempre desejado papel de D. Sebastião.
Oxalá esteja enganada – oxalá.
«A desvitalização política e o descrédito provocado pelo distanciamento entre as mensagens do poder e o quotidiano das pessoas são meio caminho andado para uma qualquer berlusconização à moda de cá. E assim fechará o ciclo que Abril abriu. Isto sem ser alarmista.»
Não pairam no horizonte quaisquer riscos de fascismos à antiga ou de ditadores tipo Mugabe ou Chávez. Porque estamos na Europa (ainda) requintada, ciosa dos seus punhos de renda e – com toda a justiça – consciente e orgulhosa dos seus séculos de história democrática. Instável, no entanto, por muitas razões, com os dislates de Sarkozy, a ameaça de Tony Blair como presidente, a acção de um papa perigosíssimo, Espanha e Itália à beira de eleições complicadas, etc., etc.
No meio de tudo isto, Portugal não está a aguentar o balanço entre os últimos lugares do pelotão e as passadeiras vermelhas de Bruxelas. E isto pode acabar mal.
Vemos um primeiro-ministro crispado, a transpirar sede de poder por todos os poros e um governo com pés de barro que de socialista só guarda o código de barras.
Cantam-se vitórias que não convencem, não se sente carisma, verdadeira liderança, empatia, generosidade – coisas de que os portugueses precisam como de pão para a boca.
E, exactamente por isso, isto pode acabar mal. Porque está a ficar escancarada a porta para que um qualquer populista seja bem-vindo, no sempre desejado papel de D. Sebastião.
Oxalá esteja enganada – oxalá.
5 comments:
Oxalá. Mas não me parece que o estejas.
Talvez berardo?
Se não fosse a UE, temo que a democracia das bananas já teria terminado!
Ui! Berardo? Não tinha pensado nisso, mas é uma hipótese.
Mais vale irmos brincando...
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