26.3.08

Moçambique


Nestes dias com excesso de ruído em torno de Moçambique, olhei várias vezes para este belíssimo auto-retrato de Malangatana.

Pintou-o à minha frente e ofereceu-mo quando passou uns meses em Lisboa, no início da década de 70. Tratava-me então, carinhosamente, por «patrícia».

É para mim quase uma relíquia, tenho-o sempre por perto, mas hoje saiu da moldura para o scanner.

Aqui fica, em jeito de homenagem às acácias vermelhas da cidade onde nasci, e aí vai, com um abraço, para dois bloggers que passam de vez em quando por esta casa (do ma-shamba e do Lusofolia).

2 comments:

Toix disse...

Gostei de mais do retrato, e da referência ao meu blog também. Muito obrigado. Só lhe peço que corrija por favor o nome, que é Lusofolia e não Lusofilia.

João do Lodeiro disse...

Como também lá nasci, fez-me sentir saudades daquela savana, das correrias de jipe com as avestruzes, das impalas acampadas na picada, do elefante curioso, daquelas praias, do xai-xai e das suas rochas, das garrafas azuis e dos tubarões, do chongoene, do bilene, o parque das flores, das ameijoas na areia branca, dos passeios de barco, das corridas também, daquela LM, dos gelados da cooperativa, dos bifes e das tortas geladas da princesa, dos milk-shakes do Djambo, das matinées no Scala, dos livros na Record, dos serões de cartas, das torradas do continental, dos passeios na marginal... enfim... saudades do paraíso! Gostei de saber que era minha conterrânea.