Os pontos cardeais sempre foram para mim entidades tão teóricas como as da física quântica.
Perco-me em toda a parte, com uma especial predilecção pelos arredores de Lisboa. Nos últimos dias, tive de ir a Linda(?)-a-Velha, à Amadora e a Vale de Câmara – um verdadeiro tormento, no meio de ruas que me parecem todas rigorosamente iguais e igualmente pavorosas, mais ou menos como imagino Bagdad antes de Bush para lá ter mandado os seus rapazes.
Nada que um GPS não resolva, aconselhou-me um amigo que me viu em hora de desespero. Fui a uma loja do Colombo como quem vai a uma farmácia, trouxe o objecto para casa, defini uns tantos parâmetros e fui dar uma volta. Resultou e voltei para a «minha residência», pelo caminho que ele me indicou (e que faço há trinta anos). Espero que as coisas corram tão bem quando voltar a Vale de Câmara.
Para já, olho com veneração tecnológica para este objecto que cabe num bolso. Quando comecei a trabalhar em informática, um «grande» computador de 30K bytes de memória ocupava um espaço maior que a minha casa, com tectos falsos e ar condicionado especial.
Este Google Earth de pára-brisas faz coisas do outro mundo. É uma geringonça simpática mas estranha – e tão humanóide que até fala.
2 comments:
Nunca comprei esse aparelhómetro. Faz-me sentir um pau mandado, "vire para a esquerda, vire para a direita"...
Como sabes já deixei de gostar disso há uns tempos.
Por outro lado acaba com a aventura que ainda podemos viver sem ir mais longe do que os arrabaldes de Lisboa, com a sensação de estar num país remoto.
Manias minhas...
Pois, mas o país remoto dos arrabaldes de Lisboa é tão tenebroso que prefiro lá estar o menos tempo possível.
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