
Daí a agradável surpresa ao ver a iniciativa de uma professora de História que, com os alunos, organizou um ciclo de actividades dedicado ao estudo do Estado Novo. Dele fazia parte uma exposição - «naïve», certamente, «à antiga», sem qualquer recurso a meios tecnológicos sofisticados, com muitas coisas recuperadas em sótãos de avós, desde livros escolares a uma colecção de Sandokan, fardas da Mocidade, objectos, diplomas, muitas fotografias. Cereja em cima do bolo: Salazar num caixão (que terá provocado alguma celeuma). Mas, também e sobretudo, textos, cronologias, muita informação recolhida, sistematizada e bem apresentada.
Impossível não pensar em Cavaco e nos jotas que o rodeiam para levarem os jovens à política – ou vice-versa, nem entendo bem.
E a estranha sensação de que eles e estes alunos que eu vi não pertencem à mesma galáxia.
4 comments:
E acrescento, se me permite, de que há vida para além dos dislates dos actuais representantes do Ministério da Educação.
Claro que há.
Só é pena o Sr. Silva, Cavaco, não ter percebido ainda o porquê dos jovens com ou sem "j" estarem alheados da história política, não terá ele também culpas? não terá ele sido um dos muitos políticos da nossa praça que levaram a que a escola ensine, tal como no Estado Novo, a história recente de forma a sewrvir os interesses do estado.
Bem nós também temos a culpa de deixar perdurar pelos governos e pela assembleia os políticos do centro e da direita.
Fica bem
É por causa do ensino da História e não só.
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