29.9.08

FLASH MOB - Acesso ao casamento civil

Recebido por mail, de várias fontes, com pedido de divulgação
(e como nada tenho a obstar, antes pelo contrário, aqui fica)

Como sabem no dia 10 de Outubro foi agendada a discussão parlamentar de dois projectos que contemplam o acesso ao casamento civil a pessoas do mesmo sexo. Em Espanha, Zapatero, disse, "não estamos a legislar para gentes remotas e estranhas. Estamos a ampliar as oportunidades de felicidade dos nossos vizinhos, dos nossos colegas de trabalho, dos nossos amigos e das nossas famílias e, ao mesmo tempo, estamos a construir um país mais decente. Porque uma sociedade decente é aquela que não humilha os seus membros". Mais, falamos de uma alteração mínima na lei, com custo zero.

Sócrates, contrário ao seu congénere, recusou a liberdade de voto no dia 10 de Outubro. Dizendo que "o casamento de homossexuais não está na agenda política nem do Governo nem do PS. Não está no programa do Governo do PS e o PS não anda a reboque de nenhum outro partido". Como se fosse uma questão partidária!

Dizem que tem de haver debate na sociedade, não reconhecendo que a única questão fracturante nesta matéria é a homofobia em si.

Porque não podemos ficar indiferentes, porque queremos essa ateração na lei e porque Direitos não podem nunca andar a reboque, queremos convocar-te para duas flash mob pelo Acesso ao Casamento Civil entre Pessoas do Mesmo Sexo.

1ª Flash Mob, quinta-feira , 2 de Out, às 19h30, junto à saída do Metro Baixa/Chiado em frente à pastelaria A Brasileira.
2ª Flash Mob, quarta-feira, 8 de Out, às 19h30, na Praça do Rossio, junto à estátua, onde foram muitos homossexuais castigados publicamente.
O que é uma flash mob? São multidões de pessoas, num sítio público, que realizam uma acção previamente combinada e que devem dispersar por completo após a realização do proposto.
Que devo fazer? Deves levar uma folha em branco e uma caneta. Às 19h30, deves escrever na folha em branco "Acesso ao Casamento Civil", e de seguida erguer a folha para que todas e todos a possam ler. Ao fim de um minuto, deves dispersar, como se nada tivesse acontecido.

E procura ser pontual. Está lá um pouco antes para que a flash mob tenha o impacto pretendido.
Poderás também divulgar via sms.

1ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quinta, dia 2, em frente à Brasileira, às 19h30. Leva folha branca e caneta para escreveres "Acesso ao Casamento Civil". Deves dispersar no minuto seguinte!

e...

2ª Flash Mob pelo acesso ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, quarta, dia 8, na praça do Rossio, às 19h30. Leva folha branca e caneta para escreveres "Acesso ao Casamento Civil". Deves dispersar no minuto seguinte!
Divulga!

2 comments:

sara cacao disse...

Joana, contamos contigo! :)

Anónimo disse...

Não tenho nada a opor à possibilidade de casamento entre indivíduos do mesmo sexo. Interrogo-me sim, é se a discussão sobre a matéria não se estará a centrar num aspecto adjacente – o casamento – em detrimento daquilo que me parece ser a questão central - a família.

Continuará a fazer sentido, nas sociedades actuais – refiro-me ao contexto cultural ocidental – esse modelo de associação entre indivíduos, baseado no parentesco de consanguinidade e que, muito embora as alterações que tem sofrido ao longo dos tempos continua a dar pela designação de "família"? - Parece-me ser isto o cerne da questão.

As opiniões são diversas. No que me toca, o velho modelo familiar afigurasse-me cada vez mais desajustado. Nessa linha de pensamento poderia sentir-me satisfeito, vendo nas novas situações – o casamento entre indivíduos do mesmo sexo, os filhos por adopção, etc. – o emergir de alternativas ao paradigma anterior. Acontece porém que, a meu ver, para as supostas novas formas está a transitar o essencial das lógicas do modelo antigo, o que as transforma mais no desenvolvimento deste, do que no que seria a sua desejável substituição.

Mas, independentemente de respostas e opiniões, parece-me ser a família, e não aquilo que não passa do seu ritual fundador – o casamento – que importaria discutir e pôr em causa. Aliás, parece-me ser precisamente aí que residem os verdadeiros temores dos poderes instituídos.

nelson anjos