Às vezes dá para brincar com o que César das Neves escreve à 2ª feira no DN. Nem é hoje o caso, quando se refere à situação actual da Igreja:
«Nesta intensa história, o presente surge como uma das melhores épocas, interna e externamente. No interior vive-se paz doutrinal e vigor apostólico. (...)
Mas não serão reais os sinais de decadência da Fé? Que dizer da crise de vocações, redução do culto, perda de influência religiosa? Esse problema reside, não na Igreja, mas na Europa. A Igreja vive no mundo como sempre. Foi o velho continente que abandonou as suas referências culturais e se debate na triste desorientação civilizacional.»
Verdadeiro monumento em defesa do mais puro e duro conservadorismo: a Igreja está bem e recomenda-se porque não muda, não evolui, «vive no mundo como sempre». Mal estão todos os outros, os «desorientados».
Tal como na velha anedota em que a Maria olha extasiada para o seu Zé que não acerta o passo com o pelotão: «Vês como ele marcha bem? Porque é que os outros não conseguem?»
«Nesta intensa história, o presente surge como uma das melhores épocas, interna e externamente. No interior vive-se paz doutrinal e vigor apostólico. (...)
Mas não serão reais os sinais de decadência da Fé? Que dizer da crise de vocações, redução do culto, perda de influência religiosa? Esse problema reside, não na Igreja, mas na Europa. A Igreja vive no mundo como sempre. Foi o velho continente que abandonou as suas referências culturais e se debate na triste desorientação civilizacional.»
Verdadeiro monumento em defesa do mais puro e duro conservadorismo: a Igreja está bem e recomenda-se porque não muda, não evolui, «vive no mundo como sempre». Mal estão todos os outros, os «desorientados».
Tal como na velha anedota em que a Maria olha extasiada para o seu Zé que não acerta o passo com o pelotão: «Vês como ele marcha bem? Porque é que os outros não conseguem?»
3 comments:
Eu julgo que, hoje, nem numa Igreja se fala assim neste tom. Estarei enganado, talvez.
“Coube à Igreja a lenta e difícil reconstrução da Europa, civilizando os bárbaros. A Cristandade, nascida desse esforço multissecular, permanece o ideal mítico de onde dizemos decair.”
Presunção e água benta cada qual toma a que quer. E o “ideal mítico” será continuar esse civilizar de “bárbaros”? E que não haja, aí, decadência...
Há quem “faça” História, contando histórias. Estas, as de JCN, espantam muito mais do que encantam.
Compreendo até certo ponto a fixação da Joana e de alguns seus colegas bloguistas (área jugular) em aspectos mais belicosos das religiões e da Igreja Católica em particular. Lamento que o destaque que dispensam a temas muitas vezes laterais e menores ofusque o olhar para coisas mais importantes, credoras de mais destaque e discussão. Acharia, por exemplo, muito mais interessante utilizar a disponibilidade crítica e reflexiva, por aqui demonstradas, na análise de textos como este, recentemente publicado pela Cúria Romana.
http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20081118_finanza-sviluppo_po.html
Caro Nuno Gaspar,
Muito obrigada pelo seu comentário e pela sugestão de leitura que o mesmo encerra.
Permito-me responder o seguinte:
Cada blogger é livre de escolher o que aborda ou não, correndo o risco - óbvio - de agradar ou desagradar aos seus leitores. Não me parece que ninguém seja forçado a ser exaustivo nas suas escolhas e análises. Isto não é uma profissão, ninguém nos paga para escrever e somos certamente «completados» por outros bloggers, noutras paragens - essa é, precisamente, uma das riquezas da blogosfera.
Volte sempre..
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