«O Vaticano convidou Daniel Vasella, presidente da empresa farmacêutica Novartis, para ter uma crónica semanal na Rádio Vaticano. A crónica foi suspensa antes de Vasella se estrear aos microfones. Tudo porque a Novartis fabrica preservativos (...) objecto que vai contra os princípios e a estratégia da Igreja católica em matéria de contracepção artificial.
"Não podemos deixar que surja a mais pequena dúvida sobre a estratégia do Vaticano face à contracepção".»
7 comments:
não. é coerência. honestamente acho surpreendente a sua utilização do conceito "fundamentalismo". Surpreendente porque pobre (e para que não comecem a disparar vai isto de ateu e utilizador do preservativo)
Fundamentalismo no sentido de posição dogmática irracional e extremista. Coerência não basta para que não haja fundamentalismo.
Não entendo a sua frase entre parêntesis.
O homem nem ia defender os perservativos: foi «desconvidado» por presidir a uma companhia que os fabrica!
1. não consigo perceber o que não percebe da frase entre parêntesis
2. "Coerência não basta para que não haja fundamentalismo", pois claro. Mas não é esse o ponto. Eu poderei afirmar, tão ou mais certo ainda, que fundamentalista é aquele que exige aos outros que sejam incoerentes. MAs não é esse a questão - parece-me que disparar "fundamentalismos" para uma atitude destas, criticável ou não, é maltratar um conceito.
"Não podemos deixar que surja a mais pequena dúvida sobre a estratégia do Vaticano face à contracepção".
pois nem é isso que me preocupa, assumo-o como uma questão religiosa e nada mais. o que me preocupa, é a atitude absolutamente criminosa da Igreja ao proibir o preservativo se pensarmos que a maior utilidade deste é no combate a uma doença que mata! Isso sim é revoltante. e a impunidade com que o faz...
Joana, ainda espera milagres do Vaticano?!
Abraço
eu não quero milagres do Vaticano, mas vejo milagres de muitos missionários que todos os dias em África, na América Latina ou na Ásia arriscam vidas numa luta maior pela vida de muitos que sofrem, incluindo distribuindo preservativos a essas gentes, sim, contra a opinião do Vaticano - que havemos então de dizer desta atitude da Igreja (eles são tão Igreja como os do Vaticano)?!
Não espero milagres do Vaticano, Cristina GS, e reconheço os que o Miguel enumera. Claro que os que os praticam também são Igreja - e não são, obviamente, «fundamentalistas» no sentido em que empreguei o termo..
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