15.4.09

Aqui pelo Sudoeste

Já no Cambodja, ainda duas ou três notas sobre o Vietname.
"Vaut le voyage", sem qualquer espécie de dúvida, como dizem, ou diziam, os velhos guias Michellin - viagem a ser feita, se possível, enquanto o inevitável turismo não altera definitivamente a paisagem. A lindíssima costa de Danang, por exemplo, está a ser arrasada por quilómetros de hotéis em construção ou em projecto, praticamente em cima das praias.
Pedem-me impressões "políticas". Dez dias como turista não servem para tirar conclusões, mas confesso que não senti por lá qualquer "socialismo" - nem no que se vê, nem no que é contado, nem nas respostas vagas, nem nos significativos silêncios. Depois de algumas insistências, os vietnamitas dizem sistematicamente que o sistema é parecido com o chinês mas mais "soft", no bom e no mau sentido. Já mais evidentes parecem ser as ambiguidades relacionadas com a reunificação entre o Norte e o Sul, que tem menos anos do que a nossa democracia e onde nem todas as componentes parecem estar assimiladas. Saigão continua a ser Saigão, Ho Chi Minh é nome de crisma que fica pelos papeis e pelas placas oficiais.

No Cambodja, tive hoje uma tarde de estadia em Angkor, que vai prolongar-se por mais dois dias. Arrasador em todos os sentidos: pelo que se vê e pelo clima, qualquer coisa da família do calor mas para a qual haveria que inventar um outro nome!
Para já, apenas uma referência: os principais templos (incluindo o Angkor Wat, ali em cima no cabeçalho deste blogue) foram construídos quando Afonso Henriques andava por ai a semear castelos contra os mouros. Small differences...

2 comments:

JSoares disse...

Olá J.,
Já não há notícias... Os templos de Angkor corresponderam às expectativas? Angkor Wat, Bayon, Angkor Thom, Tha Phrom, Banteay Samrei...
Em Phnom Penh é "obrigatório" um jantar no restaurante do FCC (o mítico Foreign Correspondents Club of Cambodia).
Abr e boa viagem

Joana Lopes disse...

Pouco tempo, Quim. Os templos de Angkor iam-me matando!!!! Um calor terrivel, mas tudo isto e' um espanto!
Vou hoje para Phnom Penh. Abraco