João Rodrigues, no jornal «i»:
(…) «A crise poderia ser uma oportunidade para a reforma igualitária das instituições do capitalismo em que este movimento político se havia especializado há algumas décadas atrás, mas em vez disso é acompanhada pelo seu esgotamento político numa União dominada pelas direitas e pela apatia política.
Uma lição da crise é que a crise não ensina nenhuma lição, ou seja, a crise nunca gera respostas políticas automáticas, nem de esquerda, nem de direita. Tudo depende da luta das ideias e das políticas. No entanto, é preciso notar que estas lutas ocorrem num quadro que não é neutro. Na realidade, o liberalismo económico está inscrito nas regras e nas práticas económicas europeias. Este é o grande paradoxo europeu das últimas décadas: a social-democracia trabalhou para a destruição das condições institucionais - pleno emprego com direitos, sindicatos fortes, propriedade pública de sectores estratégicos ou controlo dos fluxos económicos - que tinham garantido a sua hegemonia e que favoreciam todos os imaginários socialistas.»
A ler na íntegra.
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