8.6.09

Balanços de uma noite quase de Verão














A vida normal deste país está suspensa desde há algumas semanas e regressará talvez lá por volta das férias do Natal. Se era já esperado que isso acontecesse, tudo se tornou mais evidente ontem à noite: seguem-se duas campanhas complicadíssimas e de desfechos cada vez mais imprevisíveis e o que está em causa não é apenas o que se passará por cá mas, também e muito, o ritmo a que as soluções para a crise evoluírem e o que resultar da recomposição do Parlamento Europeu.

Já tanta gente falou de vencedores e de vencidos que «passo à frente». Mas há duas realidades que parecem ter vindo para ficar: ninguém terá maioria absoluta na próxima legislatura e, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, um partido à esquerda do PS iguala, ou ultrapassa mesmo, a votação do PCP. Realidades cruas e extremamente duras para muitos, que não para mim. Mas hoje é tudo menos dia próprio para embandeirar em arco o que quer que seja, quando a direita encheu as urnas por essa Europa fora e também de certo modo em Portugal. O problema é que continua a não ser possível mudar de povos…

1 comments:

Anónimo disse...

Pois é Joana, a coisa não está nada boa. Mas não existe mal, por maior que seja, face ao qual não possa haver outro ainda maior.

Já pensou como poderão vir a ser os próximos resultados eleitorais se o "Paulinho das Feiras", em vez de andar a distribuir beijinhos às vendedeiras resolver ir a pé em peregrinação a Fátima? e pelo caminho desatar a lavar os pés aos peregrinos? - a coisa vai ficar muito pior, oh se vai!

Num contexto destes, prevejo que a única resposta condigna do Zé Sócrates possa ser apenas inscrever-se numa claque do Benfica e participar numa daquelas calorosas "manifestações desportivas", por exemplo num Benfica-Porto. (Que aquela arruaçazita com o VM, na manif da CGTP não convenceu ninguém...)

nelson anjos