Segundo notícias de hoje:
«O adiamento do dossier Barroso para o Outono é o desfecho de uma ronda de consultas promovida pela presidência sueca junto dos líderes das famílias políticas do Parlamento Europeu. Com a excepção do PPE, as lideranças do Partido Socialista Europeu, dos Verdes e da Aliança dos Democratas e Liberais para Europa (ALDE) recusam-se a dar tradução prática ao apoio outorgado a Durão na última cimeira de líderes sem um completo escrutínio do programa do candidato.»
Mas além disso:
«Depois do apoio unânime que o Conselho europeu deu a Barroso, é pouco verosímil que o descarte. A não ser que considere preferível dar ouvidos à hostilidade do Parlamento e propor um candidato alternativo.»
Adenda (4/7) - O opinião de Cohn-Bendit.
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6 comments:
As fontes "linkadas" não dizem que tomadas de posição sobre este assunto tiveram os outros 3 grupos actuais do PE, UEN, Ind/Dem e GUE/NLG. Embora só me interesse saber a posição do GUE/NLG, uma vez que o Miguel Portas tinha dito em 19 de Junho no seu blogue que iria votar contra o adiamento do chamado "dossier Barroso", afrontando assim o , como lhe chamou, "incansável Cohn-Bendit".
Segundo uma das fontes "linkadas" (a do Le Monde), o adiamento poderá ter como consequência que a escolha do Presidente da Comissão Europeia se torne mais difícil, pois a Irlanda poderá referendar positivamente o Tratado de Lisboa, o que levaria a que a escolha do PCE passasse a ser pormaioria absoluta.
Ou seja, tenho dificuldade em perceber por que razão o MP queria a todo o custo impedir que tal escolha do PE tornasse mais difícil a eleição de Durão Barroso...
(Já agora, o epíteto de "incansável" atribuído ao C-B pretendia ser pejorativo; e porquê? por ser activo? Acho, então, que não ficava mal aos restantes deputados europeus se começassem também a ser um pouco menos "cansáveis" e, portanto, mais activos... talvez justificassem melhor o apoio que os eleitores, apesar de poucos, lhes concederam).
Não encontrei informação mais detalhada quanto às notícias de hoje - as fontes francesas são todas equivalentes e esta pareceu-me a mais completa.
Não sei detalhes sobre a posição de MP...
Só agora me foi possível ver a entrevista de 26 de Junho de Cohn-Bendit à "Europarltv" no site da União Europeia. Pela leitura dos dois links do post tinha ficado com a ideia de que o adiamento do dossier Barroso de 15 de Julho para 15 de Setembro, poderia deixar a decisão da escolha do PCE na dependência do referendo do Tratado de Lisboa pela Irlanda.
Tal não é correcto, uma vez que esse referendo é um pouco depois, no Outono. O que C-B propõe é que a escolha do PCE não se faça à luz do Tratado de Nice, o que acontecerá se o PE votar em Julho ou Setembro, mas que em Setembro se faça a discussão sobre os programas dos possíveis candidatos e que a votação se efectue só após o referendo da Irlanda.
Bom, e sobre os candidatos Mario Mauro (à presidência do PE) e Durão Barroso (a PCE) ele , C-B, não é meigo: se forem eleitos significa a guerra no PE, porque o Mauro é um peão de brega de Berllusconi e ao D. Barroso, regeita-o liminarmente, não pela sua estrutura política, mas pelo seu carácter, de oportunista, que só faz aquilo que sentir que é a vontade maioritária do Conselho Europeu (que, como se sabe, é constituído pelos Chefes de Governo ou de Estado dos países membros)!...
Já agora, hoje no "Libération" Cohn-Bendit indica nomes melhores para ele que Durão barroso para presidir à Comissão Europeia:
- À esquerda: Mary Robinson, Joschka Fisher e Poul Nyrup Rasmussen;
- Ao centro: Guy Verhofstadt
- À direita: Chris Patten e Fillon.
Mas põe à cabeça das preferências a irlandesa Mary Robinson.
(In http://www.liberation.fr/politiques/0101577911-commission-europeenne-cohn-bendit-prefererait-fillon-a-barroso)
Obrigada, Jorge, pus o link como Adenda.
Voltando à vaca fria, se me é permitido:
O Parlamento Europeu decidiu hoje não votar para o Comissário Europeu em Julho, cf. o artigo com o link:
http://www.europarl.europa.eu/news/public/story_page/008-57765-201-07-30-901-20090706STO57745-2009-20-07-2009/default_pt.htm
O único grupo que o pretendia fazer já era o dos Conservadores e Reformistas (UEN). Os grupos, ALDE, Verdes e GUE/NGL querem ver e discutir o programa de Durão Barroso antes de votarem e põem a hipótese de não votarem ainda em Setembro, mas só depois do tratado de Lisboa votado. O PSE também quer discutir primeiro o programa de DB, mas não descarta a hipótese de votar em Setembro. O PPE quer votar em Setembro.
Afinal, ou o Miguel mudou de opinião ou votou vencido no GUE.
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