Tiveram o seu mês, entre 19 de Junho e 18 de Julho: primeiro o dos 28 economistas, pouco depois o de 51 economistas e cientistas sociais, mais tarde aquele que ficou conhecido como Manifesto de 25 intelectuais – ao todo, muita gente e muitas páginas.
Ainda alguém se lembra de quem escreveu e o quê? Não sei. Mas, se os dois primeiros documentos eram declarações de princípios e de opiniões mais ou menos fechadas, o mesmo não se passava com o terceiro - «O nosso presente e o nosso futuro: algumas questões prementes». Como o próprio título o indicava, ele era isso mesmo: um conjunto extensíssimo de perguntas, abrangendo todos os domínios possíveis ou imagináveis, como convite para uma discussão alargada com as forças partidárias e a chamada sociedade civil, antes do acto eleitoral do próximo dia 27.
Assume-se que tenha sido entregue, como previsto, aos diferentes grupos da Assembleia da República e que tenha havido desenvolvimentos. Ou não houve? No site aberto quando o documento foi lançado, a última entrada é de 18 de Julho. Alguém sabe o que se passou entretanto? Será normal que um trabalho de vulto (não se trata de ironia, é mesmo um texto importante, concorde-se ou não com o tipo de formulações ou com muitas das posições implícitas), de um conjunto de nomes tão sonantes, «desapareça»? Não seria de bom-tom que os autores informassem o comum dos mortais sobre o andamento dos trabalhos ou sobre as razões para uma eventual desistência?
3 comments:
A minha admiração com o silêncio sobre estes textos é igual à sua. Em relação ao terceiro, os cidadãos debatem política, fiz até uma referência a este projecto no meu blogue Restolhando, com indicação do endereço do sítio e teci alguns comentários ao texto, que tenho em pdf, a até parece que já previa que a coisa podia não correr muito bem. Mas não vou maçá-la com o que achei na altura.
Cumprimentos.
Obrigada pelo seu comentário. Já vou à procura no seu blogue. Mas, de facto, há vários dias que este silêncio sobre o 3º não me sai da cabeça.
Já li e respondi ao seu comentário ao meu texto, onde aproveitei para apresentar desculpa por não lhe ter sequer indicado a data em que o escrevi. Mas agora já sabe o caminho.
Obrigada e cumprimentos.
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