
Há cinco anos, andei três dias num mini-cruzeiro no rio Yangtze, o tal onde existe hoje a monumental Barragem das Três Gargantas, então ainda em construção. Mais de um milhão de pessoas tinha sido ou estava a ser deslocado, já que a subida das águas fez desaparecer do mapa muitas aldeias.
Hoje leio que a construção de um canal que ligará o Norte ao Sul obrigará a deslocar mais 300.000 chineses.
Eu sei que se trata de um país tão populoso que, em percentagens, tudo é relativo. Mas é como os argumentos sobre as estatísticas relativas à pena de morte: um morto é sempre uma pessoa – e um deslocado é outra.

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