11.11.09

«Ismos» e «anti-ismos»


















A blogosfera voltou ao seu melhor como espaço de debate, como há muito não acontecia - sobretudo no 5 Dias, mas não só. À esquerda, foram muitos os que nos últimos dias legitimamente sentiram um impulso para uma espécie de «confissões» ou «testemunhos» de fidelidades e infidelidades, certezas e grandes pontos de interrogação, e que daí partiram para discussões mais teóricas. Excelente não se estivesse a assistir também, no meu entender, a verdadeiros malabarismos conceptuais e terminológicos que, longe de ajudarem a pensar, mascaram por vezes as verdadeiras questões – complicadíssimos esforços para salvar o que não tem salvação, para conciliar o inconciliável, que acabam muitas vezes na defesa do indefensável.

É nestes momentos que regresso às minhas origens académicas:
«What can be said at all can be said clearly and what we cannot talk about we must pass over in silence.» - Ludwig Wittgenstein

Ou, numa versão bem mais antiga, para francófilos:
«Ce que l'on conçoit bien s'énnonce clairement et les mots pour le dire arrivent aisément.» - Nicolas Boileau

3 comments:

septuagenário disse...

Quem da esquerda melhor exterioriza o seu humor, e sem complexos, é aquele que de pequenino fez a catequese, em grande deixou crescer a barba à Che, e em maior chegou a ministro, e/ou administrador de banco ou EP.

Têm explicação para todos os muros, sendo que, nem precisam explicar, porque conseguem ultrapassá-los quais homens invisíveis.

Joana Lopes disse...

:-) Bem visto.

Aristes disse...

Ou, o problema não é não saberes escrever, é não saberes pensar.