Na embaixada da Alemanha ocidental em Praga, 4.500 refugiados da RDA esperaram, alguns durante meses, a possibilidade de passarem para a Alemanha não comunista.
No dia 30 de Setembro de 1989, ouviram a frase decisiva: «Queridos compatriotas, viemos hoje aqui para vos comunicar que vai ser possível passarem para a República Federal da Alemanha» - era o respectivo ministro dos Negócios Estrangeiros quem a dizia.
Seguiu-se uma longa série de peripécias descritas num artigo publicado ontem no Público.es. Milhares de pessoas encheram comboios para chegarem «ao outro lado». (Em Setembro, a Hungria contaria já com cerca de 60.000 refugiados. )
O fim da história é conhecido: no dia 9 de Novembro, o porta-voz do Comité Central do Partido Socialista Unificado da Alemanha anunciou que todos os cidadãos podiam abandonar o país livremente «Quando?» «Já». Nessa noite, caiu o Muro.
P.S. - Para uma melhor compreensão do contributo da Hungria para o fim de uma etapa negra da História, leia-se este outro artigo.
(Na foto, um comboio com refugiados a sair de Praga em 4 de Novembro de 1989 – exactamente há vinte anos.)
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