Posso assinar, jpb?
«Provavelmente, em nenhuma outra década como na que agora começou a acabar chorámos ou rimos tanto por causa de gente que achávamos que conhecíamos. Já muito se tem falado desta virtualidade, que foi uma das grandes marcas da época: nunca tivemos tanta gente ao alcance dos dedos, nunca o mundo nos entrou tanto pela casa dentro.
Mas talvez nunca tenhamos estado tão afastados dos outros e da realidade, porque só uma parte deles - e dela - nos chega pelo monitor. E essa parte é a mais segura e asséptica: não há cheiros, nem toques, nem frio nem calor, nada nos atinge sem ser filtrado.»
«Provavelmente, em nenhuma outra década como na que agora começou a acabar chorámos ou rimos tanto por causa de gente que achávamos que conhecíamos. Já muito se tem falado desta virtualidade, que foi uma das grandes marcas da época: nunca tivemos tanta gente ao alcance dos dedos, nunca o mundo nos entrou tanto pela casa dentro.
Mas talvez nunca tenhamos estado tão afastados dos outros e da realidade, porque só uma parte deles - e dela - nos chega pelo monitor. E essa parte é a mais segura e asséptica: não há cheiros, nem toques, nem frio nem calor, nada nos atinge sem ser filtrado.»
4 comments:
É isso mesmo: a pouco e pouco, sem dar por isso, vamos aceitando como «amigos íntimos» pessoas com quem não partilhamos a vida real. Fica escondida e disfarçada atrás de um ecran.
muito lúcido.
Tudo tem vantagens e desvantagens. Mas quem apanhou o vício da net (e eu apanhei...) sente, a páginas tantas, alguns destes danos colaterais. Mas é a vida - como dizem tantos outros...
é o maior!
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