17.3.10

Sem lei da rolha e com muita honestidade


Paulo Pedroso, sobre o PEC:

«De facto, a despesa com os mais pobres vai diminuir em 200 milhões entre 2011 e 2013, dos quais 30 milhões serão no RSI. Os outros 170 milhões porque não se evidencia onde são? Estigma é estigma e quem escolheu este símbolo no PEC fez uma escolha clara sobre como quer tratá-lo.
Que a factura dos pobres seja tão pesada em plena crise económica e em situação de risco de crise social não consigo aceitar, nem por nada. Repare-se que em 2011 o Estado vai buscar mais aos pobres do que ao adiamento das infraestruturas e que vai, afinal e para minha surpresa, buscar a estas prestações mais do que à famosa nova taxa de IRS de 45%. (…)

Hoje sinto-me particularmente feliz por não ter sido candidato a deputado nesta legislatura».

6 comments:

Jorge Conceição disse...

- Que partido é que está no Governo? ...O Socialista? ...Mas é a brincar ou para esconder uma coisa diferente? ...E agora aparece o Bagão na SIC mais "à esquerda" que o Governo? Eh pá, que País é este?

Joana Lopes disse...

Está a referir-se ao facto de o Paulo Pedroso ser do PS?

Jorge Conceição disse...

Não. Refiro-me ao PEC e à sua autoria: um Governo PS e às pouquíssimas reacções até agora verificadas por parte dos seus militantes: apenas, que eu tenha reparado, a Ana Gomes e agora esta do Paulo Pedroso (e uma alusão num noticiário a Mário Soares, embora não sabendo o que ele disse). Quero dizer: há um Partido SOCIALISTA e quase não vejo preocupações socialistas por parte de quem é seu membro com visibilidade. E o Bagão Felix aproveitou para ceifar em ceara alheia...

Manuel Vilarinho Pires disse...

O Partido "Socialista" é uma marca, não é uma caractarística do produto.
E a coisa parece funcionar bem, olhando para a desproporção entre a qualidade oferecida e os números das vendas.
Nota positiva para o Marketing do PS!
Ou então há neste consumismo algum fenómeno de "adição" que faz dos consumidores consumidores compulsivos, mesmo quando o produto é adulterado.
Mas também se diz que é por falta de alternativas que mantém uma elevada quota de mercado...
Espera-se com expectativa pelo lançamento dos novos produtos da concorrência para ver se o mercado anima!

Joana Lopes disse...

Que sarcasmo, Manel...

Manuel Vilarinho Pires disse...

Bom dia, Joana

A questão importante não é o estado de alma com foi dito, mas sim se será verdade ou mentira.
Será que os partidos não passaram a adoptar como guias espirituais as agências de publicidade e as empresas de estudos de mercado?
Quando chegam ao governo, não passaram a ter uma proporção desproporcionada de assessores de imagem dentro dos gabinetes?
O marketing não terá tomado conta deles, ditando-lhes as receitas de governo, que não podem ser muito diferentes umas das outras?
E não será esse o motivo de eles serem "tão parecidos uns com os outros", apesar de alguns dirigentes parecerem "tão diferentes uns dos outros"?
Será que as maiores diferenças entre partidos não se podem explicar por estratégias de marketing adequadas a finalidades diferentes, tendo de um lado os que defendem quota de mercado (no centrão) e, por outro, os que procuram vias de crescimento da quota de mercado através da segmentação e da "descomoditização"?
Se a resposta a estas pergutas for genericamente sim, as duas perguntas seguintes serão:
E isto é desejável ou indesejável?
E, no caso de ser indesejável, isto terá remédio ou não?