9.4.10

Presidenciais – sussurros ensurdecedores: Adenda


Embora tenha falado dela há muito tempo, há três dias não considerei esta possibilidade: a de Manuel Alegre desistir, transformando-se então Soares no grande vencedor.

Mas mesmo que as pernas sejam curtas, sabe-se lá se não chegarão para que esta hipótese avance.

P. S. - TSF, 18:45, na íntegra:
«Só um motivo de saúde poderá levá-lo a reconsiderar a sua candidatura a Belém, caso contrário vai até ao fim com ou sem PS, disseram fontes próximas de Manuel Alegre à TSF.
A decisão está tomada e é irreversível. A candidatura é para seguir em frente, Manuel Alegre não vai esperar pela decisão do PS.
Fontes próximas do candidato a Belém disseram à TSF que nesta altura Mário Soares é que está empenhado em fazer com que ele desista, mas só mesmo um motivo de saúde poderia obrigar Alegre a abandonar a corrida.
Do núcleo duro de José Sócrates surge, no entanto, a garantia de que esse não é assunto que esteja a ocupar tempo ao primeiro-ministro, apontando para o próximo mês a decisão de apoiar ou não a candidatura de Manuel Alegre.
Isto porque há socialistas próximos do chefe de Governo que defendem que o PS não deve dar apoio formal a nenhum candidato. Para amanhã, Manuel Alegre tem já marcado um encontro com apoiantes de todo o país.»
...

3 comments:

Miguel Serras Pereira disse...

Joana,
pensas, portanto, que MA pode estar a preparar-se para reeditar o comportamento e o espírito de compromisso que teve na sequência imediata da sua vitoriosa derrota das presidenciais passadas e que lhe valeu ser abandonado por alguns dos seus mais fiéis apoiantes - comportamento que, de resto, voltou a ensaiar - ou a deixar a querer a alguns que ensaiva - mais tarde, levando a que outros elementos do MIC e/ou Ops marcassem as suas distâncias em relação a ele e denunciassem a sua falta de credibilidade política.

Só que, se assim for, podemos sem grande risco prever que MA assinará a sua própria sentença de morte política quer de aglutinador dentro do PS de uma alternativa à actual direcção, quer de promotor de uma ruptura desembocando na formação de uma nova força política e/ou numa "recomposição" de um campo "democrático" independente do PCP que passaria por uma redefinição também do BE ou de fracções da sua área.

Abrç

msp

Joana Lopes disse...

Não Miguel, não penso verdadeiramente isso: quis só completar o leque de hipóteses, depois de esta notícia vir hoje para a boca de cena. Seria, de facto, um suicídio político da parte de MA.
Penso (espero) que MA não recuará.

Com o PS? Sem ele?

Joana Lopes disse...

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