Nada vi sobre a estadia do papa a Norte, a não ser uma frase que corria em «pé de ecrã» durante o serão de ontem: «Papa quer cadeira em que descansou no Porto». É a que está na foto, aparentemente, e já estará a ser embalada para seguir viagem rumo ao Vaticano.
Feiosa, para meu gosto, entre Moviflor e IKEA, embora certamente mais cómoda do que o trono de S. Pedro para ler o jornal. Mas, em Itália, terra de design por excelência, não haveria outras cadeirinhas primando também pelo «conforto e ergonomia»? Porquê esta? Porquê de Paredes? Uma cunha do dr. Basílio Horta para promover as nossas exportações? Julgo que não: apenas mais uma prenda a juntar ao terço biológico de bugalhos de eucalipto, ao peixe congelado, a compotas, a uma camisola do Benfica e a um quadro de S.Nuno para agradecer a canonização. E, evidentemente, à imagem de S. António, oferecida por Cavaco Silva, na sua persistente cruzada para convencer o mundo de que ele é bem nosso e não das gentes de Pádua.
Faz isto algum sentido? Talvez seja perfeitamente normal que um papa chegue a casa com toda esta tralha , mas confesso que eu trouxe coisas bem mais interessantes na minha mala que veio da Índia e do Butão.
P.S. - Afinal foram duas cadeiras e não uma!
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4 comments:
Peixe congelado???
Foi o que li ou ouvi...
É só uma vontade de correr riscos. Deve ter ouvido dizer que há cadeiras deste país que fazem cair primeiros-ministros.
Eh! Eh! Esta deve ter sido testada e não é de lona.
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