O post é para sugerir que o governo siga a sugestão de Krugman? Pergunto pela simples razão de que às vezes parece que tudo o que seja negativo para Portugal merece sempre mais aplauso (ou, pelo menos, mais atenção) de qualquer oposição do que qualquer coisa que se faça cá dentro. Já agora, a "acusação" de optimismo é, em si mesma, vazia. Substanciá-la seria dizer "a afirmação X é falsa pela razão Y", ou algo assim. Mas, claro, quando se trata apenas de expressar feelings, isso não é preciso. Abraço.
O post não é para sugerir o que quer que seja, mas apenas para realçar uma opinião, publicada hoje, e que me pareceu importante.
Segundo, terá certamente visto a entrevista de Sócrates e sei que provavelmente não concordará, mas eu acho insuportável que ele repita, à exaustão, que Portugal vai melhor do que muitos outros, etc., etc. Quando é evidente, mesmo para não especialistas como eu, que a nossa situação é das mais graves em termos europeus.
Claro que o Krugman tem razão. Não se trata de uma necessidade moral, de "deve ser", mas de uma necessidade objectiva, como em Hegel - tipo "há-de ser". Naturalmente, como tudo o vai mostrando, os 30% - ou talvez 10%, no caso dos nossos números nacionais - de redução salarial não será feita distribuindo-a equitativamente. Começará pelos que não têm emprego. E depois, pela descida de ordenado dos novos empregos. E pelos cortes nas reformas. Naturalmente, os ricos serão cada vez mais ricos, especialmente os que vivem de parasitarem o Estado. E para isso é preciso um acordo ao centro que assegure a nova estabilidade. É uma caminho fatal. O da mexicanização. Oxalá (para não dizer "Deus queira") que esteja enganado, como um velho rezingão...
O Krugmann, que leio sempre com muito gosto no Herald,saberá os salários dos portugueses? O mínimo,o médio e o dos milhares que ganham 500 euritos e pagam o supermercado a preços de franfurt? Fica-me a dúvida.
6 comments:
O post é para sugerir que o governo siga a sugestão de Krugman?
Pergunto pela simples razão de que às vezes parece que tudo o que seja negativo para Portugal merece sempre mais aplauso (ou, pelo menos, mais atenção) de qualquer oposição do que qualquer coisa que se faça cá dentro.
Já agora, a "acusação" de optimismo é, em si mesma, vazia. Substanciá-la seria dizer "a afirmação X é falsa pela razão Y", ou algo assim. Mas, claro, quando se trata apenas de expressar feelings, isso não é preciso.
Abraço.
Porfírio,
O post não é para sugerir o que quer que seja, mas apenas para realçar uma opinião, publicada hoje, e que me pareceu importante.
Segundo, terá certamente visto a entrevista de Sócrates e sei que provavelmente não concordará, mas eu acho insuportável que ele repita, à exaustão, que Portugal vai melhor do que muitos outros, etc., etc. Quando é evidente, mesmo para não especialistas como eu, que a nossa situação é das mais graves em termos europeus.
Claro que o Krugman tem razão.
Não se trata de uma necessidade moral, de "deve ser", mas de uma necessidade objectiva, como em Hegel - tipo "há-de ser".
Naturalmente, como tudo o vai mostrando, os 30% - ou talvez 10%, no caso dos nossos números nacionais - de redução salarial não será feita distribuindo-a equitativamente.
Começará pelos que não têm emprego. E depois, pela descida de ordenado dos novos empregos. E pelos cortes nas reformas.
Naturalmente, os ricos serão cada vez mais ricos, especialmente os que vivem de parasitarem o Estado.
E para isso é preciso um acordo ao centro que assegure a nova estabilidade.
É uma caminho fatal. O da mexicanização. Oxalá (para não dizer "Deus queira") que esteja enganado, como um velho rezingão...
Não sei nem me interessa saber quem é esse de Krugman.
Mas desconfio que ou o primeiro e os políticos estão a precisar de ir ao médico ou é o povo que tem que ser metido dentro de uma camisa de forças.
Dá a impressão que o maior problema está numa linha de trem, mas haverá outros probleminhas.
Mas abrir a televisão e ter de ver futebol e aulas de economia simultaneamente, dá com qualquer cristão em doido.
O Krugmann, que leio sempre com muito gosto no Herald,saberá os salários dos portugueses? O mínimo,o médio e o dos milhares que ganham 500 euritos e pagam o supermercado a preços de franfurt? Fica-me a dúvida.
Eu não sei se o Krugman tem razão e se dispõe ou não dos dados correctos. Mas que vêm aí tempos piores parece-me garantido.
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