Joana, desculpe vir falar de um detalhe que pouco tem a ver com o conteúdo do post, mas esta fotografia dá-me sempre vontade de rir, devido a um pequeno pormenor de lavagem da História. O soldado que estava a segurar o que empunhava a bandeira tinha um relógio em cada mão. Sinal de que tinha andado a roubar ou pilhar antes de vir participar na fotografia história da libertação de Berlim...
Sabe alemão? Recomendo vivamente o "Der Schattenmann - Tagebuchaufzeichnungen von Ruth Andreas-Friedrich, 1938-1948). Infelizmente, já só existe nos alfarrabistas. Outro dia traduzi algumas passagens desse diário, a propósito dos 65 anos do fim da guerra na Europa. Admito que talvez goste de ler: http://conversa2.blogspot.com/2010/05/em-berlim-ha-65-anos.html
E acabei por esquecer o pormenor de que queria falar: a fotografia foi retocada - parecia mal um soldado do glorioso exército libertador aparecer com dois relógios nos pulsos, pelo que foi preciso apagar um dos relógios. Também se diz que essa bandeira foi feita à pressa, cortando e remendando bandeiras nazis. O que se compreende: com certeza não terão vindo da URSS até Berlim com bandeironas nas malas.
Alternativamente, pode-se olhar para o nazi-fascismo como mais um sistema que se baseou no pressuposto que uma economia dirigida poderia conduzir a resultados melhores do que uma economia em auto-gestão por agentes económicos a agir em liberdade em concorrência uns com os outros. E que não hesitou a esmagar os inimigos do progresso, os reaccionários, com todas as armas a que podia deitar mão. Que se distingue de outras com características semelhantes, essencialmente, por ter perdido a guerra...
Tenho que confessar que subscrevo o cinismo do comentador Vilarinho Pires!... :-) Embora, por outro lado, pense o mesmo, no essencial, que o secretário do PCP: há muitos sinais de uma nova emergência do fascismo, para quem conhece a História. Muito diferente na forma mas com muitas semelhanças na essência, e muitos tons de verde...
6 comments:
Joana,
desculpe vir falar de um detalhe que pouco tem a ver com o conteúdo do post, mas esta fotografia dá-me sempre vontade de rir, devido a um pequeno pormenor de lavagem da História. O soldado que estava a segurar o que empunhava a bandeira tinha um relógio em cada mão. Sinal de que tinha andado a roubar ou pilhar antes de vir participar na fotografia história da libertação de Berlim...
Sabe alemão? Recomendo vivamente o "Der Schattenmann - Tagebuchaufzeichnungen von Ruth Andreas-Friedrich, 1938-1948). Infelizmente, já só existe nos alfarrabistas.
Outro dia traduzi algumas passagens desse diário, a propósito dos 65 anos do fim da guerra na Europa.
Admito que talvez goste de ler:
http://conversa2.blogspot.com/2010/05/em-berlim-ha-65-anos.html
E acabei por esquecer o pormenor de que queria falar: a fotografia foi retocada - parecia mal um soldado do glorioso exército libertador aparecer com dois relógios nos pulsos, pelo que foi preciso apagar um dos relógios.
Também se diz que essa bandeira foi feita à pressa, cortando e remendando bandeiras nazis. O que se compreende: com certeza não terão vindo da URSS até Berlim com bandeironas nas malas.
Obrigada, Helena. Sabia do retoque da foto, não me lembrava do detalhe dos relógios.
abraço
Alternativamente, pode-se olhar para o nazi-fascismo como mais um sistema que se baseou no pressuposto que uma economia dirigida poderia conduzir a resultados melhores do que uma economia em auto-gestão por agentes económicos a agir em liberdade em concorrência uns com os outros.
E que não hesitou a esmagar os inimigos do progresso, os reaccionários, com todas as armas a que podia deitar mão.
Que se distingue de outras com características semelhantes, essencialmente, por ter perdido a guerra...
Tenho que confessar que subscrevo o cinismo do comentador Vilarinho Pires!... :-)
Embora, por outro lado, pense o mesmo, no essencial, que o secretário do PCP: há muitos sinais de uma nova emergência do fascismo, para quem conhece a História. Muito diferente na forma mas com muitas semelhanças na essência, e muitos tons de verde...
Pinto de Sá e Manuel,
Vocês conseguem ser ainda mais «negros» do que o Avante! :-)
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