10.6.10

Novas revoluções chinesas


Ainda a pretexto dos recentes suicídios de empregados da Foxconn (em Schengen, na China), um texto que ajuda a reflectir: New Chinese Revolution: Worker Power Transforms World Economy.

«This scenario might well be called “worker power”, in which a major change in both the Chinese and world economies arises as a result of the – admittedly unexpected, but nevertheless seemingly robust – anger and frustration of the "new" Chinese working class, whose parents' hard work and strenuous effort have, in combination with low wages, made possible both the Chinese and global “economic miracles,” but which now appear to have reached a height of anger, frustration and a point of no return – with results for both China and the world that may be quite a bit different than anyone has been expecting. (…)
They have a different expectation. And once people’s attitudes about being in a factory change, other things will change.»

Para completar, e complicar, registe-se que o Japão depende fortemente de toda esta evolução na China, para a qual começará a olhar mais como um grande mercado de potenciais consumidores do que como uma fonte de mão-de-obra barata.
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(Um artigo de leitura simples e muito esclarecedora, a que cheguei através de J. Nascimento Rodrigues no Facebook.)

Um vídeo com informação adicional:

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2 comments:

Manuel Vilarinho Pires disse...

O que se vai passar com a China lembra-me um pouco o "milagre japonês" ainda bem recente.
Lembras-te de o presidente George Bush ter desmaiado durante uma viagem ao Japão em que foi implorar aos japoneses que importassem alguns carros americanos, há menos de 20 anos?
Por mais que os académicos andassem a estudar os métodos de gestão japoneses para encontrar explicações para o milagre, a verdade é que quando o Japão começou a enriquecer, os japoneses começaram a tirar férias (até no estrangeiro!), que não tiravam antes, e as empresas japonesas a decorar os gabinetes da administração com Van Gogh's, e o milagre acabou em poucos anos.
A China também se vai aburguesar e, no caminho, vai perder a vantagem que tem no preço da mão-de-obra...

Joana Lopes disse...

Claro que a comparação que fazes com o Japão é mais do que válida. Com uma ressalva, na minha opinião: é que a quantidade de pessoas, que está agora em causa muda / pode mudar qualitativamente as situações e respectivas consequências.