14.7.10

Simplexes, crises ou nem por isso


«Loja do Cidadão» das Laranjeiras, Lisboa. As senhas para pedidos de emissão de passaportes esgotaram ontem às 12h, num horário que vai das 8h30 às 19h30. Hoje, às 8h40, consegui o nº68. Acabei de ser atendida 3,5 mais tarde e quem chegou quando eu saí ficou com o nº260 – nem faço contas…

Os meios técnicos são excelentes, o atendimento individual até é relativamente rápido, mas… só existem três balcões e não há nem há espaço nem equipamento para mais. (E, by the way, apenas meia dúzia de cadeiras para muitas dezenas de pessoas e várias horas de espera.)

A sensação de que se morre sempre na praia: faz-se o mais difícil (já se concebe mal a vida sem Lojas do Cidadão), mas não se prevê nem se planifica consistentemente o futuro. Always.

Processos à parte, pela amostra, verifiquei que, por esse país fora, deve haver milhares de pessoas por dia a pedir ou a renovar passaportes. O que significa que há muitos, mas mesmo muitos portugueses que estão a emigrar ou que não ouvem os conselhos do dr. Cavaco e passam férias bem longe da Caparica, da Figueira da Foz ou de Vila Moura. E que nem sequer se limitam a visitar a senhora Merkel ou monsieur Sarkozy, já que, para tal, só seria necessário o velhinho BI ou o novel cartão de cidadão.

A crise? Parece que em 2011 é que é.
...

1 comments:

Manuel Vilarinho Pires disse...

Eu vou outra vez para a Prainha:
"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não..."
;-)