… apregoado, neste últimos dias, até à exaustão, leiam este post da Helena, vindo direitinho da Alemanha:
«O Matthias, que tem 13 anos e está no 9º ano de escolaridade, tem de fazer durante este ano lectivo um estágio de duas semanas numa empresa. É ele que tem de decidir que tipo de trabalho lhe interessa mais, contactar a empresa, preparar uma carta de apresentação e um currículo. (…)
Hoje o Matthias visitou a IFA (Feira Internacional de Electrónica de Consumo) e falou com uma senhora, no stand da Telekom, sobre a possibilidade de um estágio nessa empresa. Já tem um nome e um número de telefone para entrar em contacto.»
P.S. - Como complemento, ler o Comentário deixado pela Helena.
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5 comments:
Bem, caso se interessem por este assunto, acrescento que a minha filha fez isso no ano passado, no consultório de uma pediatra. A experiência dela foi um bocado monótona. Em compensação, amigas dela contaram maravilhas: uma passou duas semanas num bloco operatório onde lhe explicavam o que se estava a passar e até a deixavam ajudar (dentro dos limites do razoável, claro). A outra trabalhou num gabinete de criação de moda, um bocadinho como a Anne Hathaway no Diabo Veste Prada (levar e buscar encomendas, fazer café), e andava feliz.
O que eu acho mais interessante neste sistema é a posição das empresas: em vez de dizerem que é uma sobrecarga inútil aceitarem a presença desses adolescentes, até se dão ao trabalho de perder tempo com eles para os ensinar.
Recentemente vi uma reportagem onde contavam de empresas que convidam turmas inteiras para visitas de estudo. Mostram o trabalho dos operários especializados, na esperança que alguns dos alunos ganhem interesse por aquelas profissões.
Esta ligação da escola às empresas era muito importante na RDA. Os alunos passavam (salvo erro) um dia por semana a trabalhar em fábricas.
Assisti uma vez a uma discussão interessante entre pais de um liceu (via de ensino que em princípio dá acesso à universidade) de uma cidade da antiga RDA. Uns (os "Ossi") achavam que esse estágio devia ser realizado numa profissão de trabalho braçal ou artesanal, outros (os "Wessi") achavam que devia ser uma introdução ao trabalho do nível mais provável para aqueles alunos. Escolher entre trabalhar com um jardineiro ou um oleiro, e um médico ou um advogado.
Muito obrigada, Helena, pelo seu comentário. É um outro universo...
Vou pôr um P.S.
vou levar este post com link, claro
Joana,
é um prazer conversar consigo sobre estes temas (e outros, claro).
Idem, Helena. :-)
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