Já sei: foi a adesão ao euro, bingo!, e tudo o que se não fez depois. E o caso é sem remédio: os senhores intelectuais economistas (uma contradição nos termos) e dirigentes políticos que nos meteram nesta alhada (Mário Soares, Cavaco, e a quase totalidade de les uns et les autres) ainda aí estão, and kicking. E, bons intelectuais que são, como a realidade da adesão ao euro é o desastre, concluem que a realidade está enganada, porque desmente a teoria. Têm que morrer todos antes que o problema se resolva. Mas tenho notícias realmente más, Joana: nós também vamos morrer com eles. Já vão ser os meus netos não nascidos (já era tempo, mas a minha filha é demasiado exigente - quer um marido pelo menos ao nível do pai) a resolver o imbróglio.
Leu o resto da notícia ou ficou-se pelo cabeçalho do Correio da Manhã? É que o resto diz o óbvio. Os países mais desenvolvidos são os que menos crescem. Cito a notícia do DN baseado no El País "...Embora o jornal espanhol reconheça que "quando as economias alcançam um certo nível de desenvolvimento, o ritmo de crescimento abranda" E mais à frente "...Japão, Itália e Portugal têm em comum esse padrão de crescimento em L, que se traduz num círculo vicioso da economia e que muitos economistas atribuem à ausência de uma política fiscal restritiva, controlo das contas públicas e redução do endividamento", com a dívida pública a rondar os 30% do PIB em Itália, quase 80% em Portugal e 217% no Japão, lê-se no artigo. E cita o professor da IE Business School Rafael Pampillón, que defende que a falta de competitividade e a rigidez destes mercados explicam como se chega a manter um crescimento tão débil durante tanto tempo, conclusões em boa parte partilhadas pela Comissão Europeia e pelo FMI. Por último, o jornal lembra que, apesar das enormes quantidades de dinheiro injectadas na economia, o crescimento custa a descolar, exemplificando com os Estados Unidos." Curioso é ainda verificar que o país que menos cresceu a seguir a nós é toda poderosa Alemanha e que dois lugares acima está a Dinamarca. É intelectualmente desonesto citar uma notícia e só dar parte dela. O habitual. PS: Peço desculpa da longa citação mas pareceu-me imprescindivel.
Não faz mais do que copiar para aqui exactamente a notícia que o meu post «linka» para que os leitores a leiam na íntegra: é para isso que se põe a ligação. A que propósito fala do Correio da Manhã? Talvez um pouco mais de atenção e de rigor antes de chamar desonesto aos outros.
Além do mais, não percebeu a notícia, nem deve ter ouvido, ao longo do dia, o eco que a mesma teve.
5 comments:
Tambem não é bom crescer de mais, porque quanto mais alto, maior é trambolhão.
Mas nem o 25 de Abril, nem o PREC, nem o 25 de Novº nem o 5 de Outº nem o 1º de Dezembro são responsáveis.
Mas um dia saberemos se não foi o dia de aniversário de cada português!
Já sei: foi a adesão ao euro, bingo!, e tudo o que se não fez depois. E o caso é sem remédio: os senhores intelectuais economistas (uma contradição nos termos) e dirigentes políticos que nos meteram nesta alhada (Mário Soares, Cavaco, e a quase totalidade de les uns et les autres) ainda aí estão, and kicking. E, bons intelectuais que são, como a realidade da adesão ao euro é o desastre, concluem que a realidade está enganada, porque desmente a teoria. Têm que morrer todos antes que o problema se resolva. Mas tenho notícias realmente más, Joana: nós também vamos morrer com eles. Já vão ser os meus netos não nascidos (já era tempo, mas a minha filha é demasiado exigente - quer um marido pelo menos ao nível do pai) a resolver o imbróglio.
O aniversário de cada português parece uma boa hipótese, septuagenário...
Quanto ao que diz, JMG: as coisas andam hoje muito depressa: e não necessariamente para o mal, espere-se...
Leu o resto da notícia ou ficou-se pelo cabeçalho do Correio da Manhã?
É que o resto diz o óbvio.
Os países mais desenvolvidos são os que menos crescem.
Cito a notícia do DN baseado no El País "...Embora o jornal espanhol reconheça que "quando as economias alcançam um certo nível de desenvolvimento, o ritmo de crescimento abranda"
E mais à frente "...Japão, Itália e Portugal têm em comum esse padrão de crescimento em L, que se traduz num círculo vicioso da economia e que muitos economistas atribuem à ausência de uma política fiscal restritiva, controlo das contas públicas e redução do endividamento", com a dívida pública a rondar os 30% do PIB em Itália, quase 80% em Portugal e 217% no Japão, lê-se no artigo. E cita o professor da IE Business School Rafael Pampillón, que defende que a falta de competitividade e a rigidez destes mercados explicam como se chega a manter um crescimento tão débil durante tanto tempo, conclusões em boa parte partilhadas pela Comissão Europeia e pelo FMI.
Por último, o jornal lembra que, apesar das enormes quantidades de dinheiro injectadas na economia, o crescimento custa a descolar, exemplificando com os Estados Unidos."
Curioso é ainda verificar que o país que menos cresceu a seguir a nós é toda poderosa Alemanha e que dois lugares acima está a Dinamarca.
É intelectualmente desonesto citar uma notícia e só dar parte dela.
O habitual.
PS: Peço desculpa da longa citação mas pareceu-me imprescindivel.
Não faz mais do que copiar para aqui exactamente a notícia que o meu post «linka» para que os leitores a leiam na íntegra: é para isso que se põe a ligação.
A que propósito fala do Correio da Manhã? Talvez um pouco mais de atenção e de rigor antes de chamar desonesto aos outros.
Além do mais, não percebeu a notícia, nem deve ter ouvido, ao longo do dia, o eco que a mesma teve.
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