15.11.10

Realidade com ar de ficção


Quando eu comecei a mexer nestas maquinetas que dão pelo nome genérico de computadores, a maior em que pus as mãos foi esta, com uns míseros 30 K bytes de memória central. Ocupava grande parte de um andar da Rua Duque de Palmela, com chão falso debaixo do qual passava um emaranhado inconcebível de cabos, todo o conjunto arrefecido à custa de um potente sistema de ar condicionado.

A multiprogramação ainda estava a chegar (Power/VS…) e eu tinha de meter umas cunhas para conseguir uma hora de «máquina dedicada», entre as 4 e as 5 da manhã – o que era um verdadeiro luxo! Para quê? Para testar programas para o Banco de Portugal, que tinha então encomendado o seu primeiro computador, esperado para daí a mais ou menos um ano. No tempo das Invasões Francesas? Não, em meados de 1971.

Leio hoje que a IBM planeia construir supercomputadores com as dimensões de cubos de açúcar, a serem empilhados e arrefecidos por um complexo sistema de cascatas internas, em tubos com a espessura de um cabelo, e especialmente económicos em termos de gastos de energia.

A miniaturização para além do meu imaginário! E tentar visualizar um computador como se de um «canard» de tratasse…
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