Vai grande o burburinho porque Carlos César decidiu tirar partido das prerrogativas que a autonomia regional lhe confere e «compensar», em termos salariais, algumas categorias de açorianos que dele dependem.
De Belém a S. Bento, da Quadratura do Círculo à grande maioria dos mais insuspeitos jornalistas e comentadores, grassa uma indignação praticamente unanimista contra o presidente do governo dos Açores, em nome da fidelidade devida às decisões do seu partido e, sobretudo, da solidariedade necessária entre ilhéus e patrícios do Continente.
Mesmo muitos que consideraram que não se resolvem crises como aquela que atravessamos com cortes no poder de compra, já tão limitado, dos trabalhadores portugueses, parecem agora considerar que a decisão do governo de Sócrates / Barroso se tornou repentinamente «justa» porque alguém decidiu não a respeitar. E, num hábil jogo de cintura, condenam Carlos César acusando-o de agir movido por intenções eleitoralistas, no seu território e não só. É bem provável que o faça. E daí? De más intenções também está o paraíso cheio.
P.S. – Acabo de ler que, ontem, Manuel Alegre defendeu a decisão do Governo Regional dos Açores. Até que enfim!
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2 comments:
Que pena se não nos regionaliarmos rapidamente.
Com 5 regiões autónomas no continente mais uma em cada ilha açorteana, e três na madeira...dava para nos entretermos e tornarmo-nos o povo mais feliz do mundo.
Quem sabe, caro septuagenário...
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