Os viciados em nomadismo aéreo descobrem novos aeroportos, assistem à transformação dos antigos (quem viu o de Barajas e quem o vê!!!...), deixam de andar apenas em intermináveis passadeiras rolantes e passam a recorrer também a comboios ou a autocarros para uma simples mudança de terminal, habituam-se a ficar longas horas em terra por causa de cinzas ou de greves, ocupam o tempo a ler, a tentar usar wi-fi ou a preencher livros de Sudoku. Conhecem as lojas e os cantos à casa, sobretudo em Madrid e em Frankfurt, paragens quase sempre obrigatórias para quem vive num país europeu excêntrico e com uma oferta «patrícia» reduzida.
Mas, se os aeroportos crescem, há grandes companhias aéreas que, pura e simplesmente, desaparecem. Que a Varig, tão lendária pela excelência do seu serviço, já não atravesse todos os dias o Atlântico, que não se voe para Bruxelas na Sabena nem na TWA para Nova Iorque, que a Swissair se tenha desgovernado, são realidades que eram quase inimagináveis há vinte anos ou muito menos ainda. E se a Pan Am «ressuscitou», e vai agora na sua terceira encarnação, nunca mais será possível ir de Vancouver a Sydney na Canadian Pacific, nem sobrevoar as revoltas nas ruas de Atenas a bordo de um avião da Olympic Airlines.
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