No Público de ontem, uma interessante Carta Aberta a Mário Soares, por Rui Graça Feijó. Alguns excertos:
«Venho (…) lançar-lhe um desafio (à minha altura, que não à medida do seu papel na História da nossa modernidade): siga os ditames da sua consciência, mais uma vez homem livre que sabe bem os perigos e as ilusões que a fidelidade partidária acarretam, e apoie sem rodeios o candidato presidencial da sua preferência - que toda a gente sabe não ser o candidato apoiado pelo PS e que eu, há muito no mundo dos que não têm filiação partidária, também apoio. Milite na sua campanha. Empenhe-se com frontalidade na contenda eleitoral. Ajude a acrescentar um pouco que seja à aura do seu candidato e combata a abstenção eleitoral do centro e das esquerdas plurais que temos. E depois, se houver segunda volta como em 1986 e nela não estiver o seu candidato, retribua os sapos que muitos portugueses engoliram para votar em si e declare o seu apoio a quem estiver em liça contra o candidato da direita - assim como eu me comprometo a militar activamente nessas três semanas em prol de quem estiver em condições de disputar a presidência em nome da mudança. Acredito que não deixará de assumir este compromisso com espírito de fraternidade. (…)
Nada nos prepara melhor para o futuro que a convicção que há mudanças profundas a realizar - a começar pela Presidência da República.
Não vamos permitir que subsistam quaisquer dúvidas que, seja qual for o candidato presidencial que hoje apoiamos, ambos desejamos ver, em 9 de Março de 2011, um novo rosto no Palácio de Belém.»
(Na íntegra aqui.)
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2 comments:
Bravíssimo!...
Interessante, tocante, mas patético! Soares é um prisioneiro psicopático dos seus rancores, de um ego desmedido. Nem à hora da morte do seu amigo de vida inteira, Zenha, se dignou reconciliar-se. O "pai da democracia" (?!) é personagem mesquinha. Fernando Nobre está bem para ele, que lhes faça bom proveito, mas há gente nesta terra que ainda tem clarividência para não dar para esse peditório, por mais ONG/caritativo que seja.
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