...mas cada vez se fala mais da hipótese de a França vir a juntar-se ao grupo dos periféricos.
É sobretudo indispensável continuar a tentar perceber como tudo isto acontece através do ataque a que as agências de rating nos sujeitam.
«Como se os mercados não estivessem já suficientemente nervosos, as agências atacam também o clube muito selecto dos Estados que detêm a classificação AAA, correspondente à notação mais elevada (são 14). Nas últimas semanas, anunciaram igualmente que, a mais ou menos longo prazo, a França e também a Áustria poderiam perder os três A que lhe permitem obter financiamentos nos mercados a custos mais baixos. (…)
Mas a zona euro não é o único alvo desta febre: simultaneamente, as agências assustaram os Estados Unidos e o Reino Unido com a perspectiva de uma descida de classificação. Muitos economistas interrogam-se sobre qual será o objectivo das agências. "Se o activo mais seguro, a dívida americana, também não está isenta de risco, o mundo vai mudar", observa Laurence Boone, professor de Economia na escola de formação de professores de Cachan (Val-de-Marne). As agências correm assim o risco de destabilizar o planeta financeiro, que ficará privado de investimentos seguros, e isso poderá desencadear uma nova crise mundial.»
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