29.7.11

E a Somália?


Noruega? O horror, sem dúvida. Aqui perto, com europeus como nós, num país rico, o inesperado que faz correr milhões de caracteres em jornais, blogues e redes sociais. Nada contra, (quase) tudo a favor.

Mas será que isso justifica a aparente indiferença perante os ecos que nos chegam de uma tragédia mil vezes maior, num país martirizado como a Somália? O que vamos sabendo passou a trivial?

– 12 milhões de pessoas ameaçadas pela fome.
– 3,7 milhões vítimas da seca, das quais 2,2 milhões ainda não receberam ajuda.
– 18.000 crianças malnutridas (em breve, serão 25.000), das quais 50 morrem por dia.




Ler: ACNUR: "Lo que hacemos en Somalia no es suficiente".
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2 comments:

Fada do bosque disse...

Estão condenadas... veja aqui. E mais cedo ou mais tarde também nós iremos pelo mesmo caminho... como se pode ver nesta notícia

6 maneiras de usar a comida como uma arma. Foi o próptio Henry Kissinger que, em 1974, sugeriu o uso da comida como arma a usar para provocar a redução da população: National Security Study Memorandum 200: Implications of Worldwide Population Growth for U.S. Security and Overseas Interests. (1) A subida do preço dos alimentos em 39% desde o ano passado está a provocar fome generalizada e conflitos regionais. Registe-se este pormenor: os preços dos alimentos têm sido manipulados e especulados a partir das bolsas internacionais por causa da constante desvalorização do dólar; (2) a escassez de alimentos tem sido provocada como arma para crear conflitos regionais, estimular missões de paz e como uma política externa da cenoura; é fácil manipular a escassez de alimentos quando a ajuad alimentar está controlada por uma única agência internacional; (3) pesticidas e conservantes são maus para a saúde humana, especialmente o glifosato usado com transgénicos; (4) leis que limitam a liberdade dos alimentos colocando na mão de agências reguladoras o poder de regulamentar tudo; (5) os transgénicos são um passo para os monopólios controlarem a vida humana através da tecnologia patenteada e da destruição do ambiente por práticas de monoculturas dependentes de muitos químicos; (6) desastres climáticos têm sido explorados por expeculadores e governos, como aliás por um documento apresentado à Força Aérea dos EUA intitulado Owning the Weather 2025 - Applying Weather-modification to Military Operations. Activist Post.

Ainda:

O outro lado da famigerada pirataria na Somália. Pontos a reter deste documentário alojado na Vimeo (23:27): (1, aos 5:50) 800 barcos de europeus, americanos e asiáticos pilham as reservas de pesca da Somália aproveitando o vazio de poder após guerra civil e queda do ditador; (2, aos 7:00) Espanha e França capturam 500 mil toneladas de atum por ano em águas territoriais da Somália; (3, aos 7:30) as grandes potências contribuem para empobrecer ainda mais uma das regiões mais pobres do mundo, privando a Somália da sua principal fonte de alimentação; (4, aos 8:12) as queixas da Somália à ONU nunca foram atendidas; (5, aos 9:20) barcos ao serviço de entidades europeias e asiáticas despejam há 14 anos bidões com substâncias radioativas e tóxicas, metais pesados (cádmio e mercúrio), substâncias químicas e resíduos hospitalares que contaminam as águas e as praias e provocam doenças; (6, aos 12:40) a Costa do Marfim, o Congo e Benin são vítimas do mesmo tipo de atentados ambientais; (7, aos 14:00) as motivações dos “piratas” – acabar com a pesca ilegal e os despejos de lixo nuclear e tóxico; (8, aos 16:30) a operação Atalanta é lançada pela ONU a pedido da Espanha e de França, custando 6 milhões de euros mensais à Espanha, sem contar com os 500 milhões de euros mensais que pagam os atuneiros galegos e bascos; (9, aos 19:00) tudo isto porque os países ricos esgotaram os seus próprios recursos pesqueiros; (10, aos 19:40) pelo menos um quarto de todas as criaturas marinhas capturadas são devolvidas ao mar mortas; (11, aos 21:25) na internet pode-se comprar uma bandeira de conveniência em poucos minutos e por menos de 500 euros; (12, em 21:40) os barcos agora não pescam, transportam emigrantes em busca de um futuro melhor em países europeus; (13, aos 22:40) se esta tendência não se alterar os recursos pesqueiros mundiais estarão esgotados em 2048.
Aqui o documentário do blogue Ondas3

Fada do bosque disse...

Agora esta é que eu não percebi... não condiz com a 1ª notícia do mesmo jornal... viva o Brasil!... esperemos é que os alimentos vão lá parar, pois estes da ONU, não fazem mais nada senão saquear os povos!