12.7.11

Neruda forever


Pablo Neruda faria hoje anos (muitos, 107…). Nasceu em Parral e morreu em Santiago do Chile, em Setembro de 1973, poucos dias depois da tragédia que vitimou Salvador Allende - «de tristeza», diria mais tarde Isabel Allende. O que talvez seja menos conhecido é que não se candidatou às eleições presidenciais de 1970 precisamente porque considerou que Allende teria mais possibilidade de as vencer, como veio a verificar-se.

Neruda que é um dos grandes heróis desse extraordinário país que é o Chile que nos entrou pela casa dentro, durante semanas, quando dezenas de mineiros viveram um drama terrível no fundo de uma mina e de onde, hoje mesmo, nos chegam notícias de lutas de outros mineiros na maior produtora mundial de cobre, precisamente quando se comemora o 40º aniversário da nacionalização desse tipo de minas, sob a chefia de Allende.

País com uma história complexa, lindíssimo, onde regressei há poucos meses, inesquecível pela absolutamente inigualável Patagónia, do extremo Sul aos Lagos Andinos, pelo estranho e inesperado deserto de Atacama, pela belíssima capital com uma arquitectura fora de série, noites animadas e restaurantes onde as listas de vinhos têm quase tantas folhas como as nossas Páginas Amarelas, etc., etc. (E, já agora, onde um ladrãozeco me roubou alguns dólares enquanto eu comprava uns discos na casa-museu de Neruda, que se vê nesta foto…)

Com a sua voz inconfundível, Pablo deixou-nos gravada uma parte da sua poesia.




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