22.7.11

Num 22 de Julho


… em 1969, o actual rei de Espanha foi designado pelas cortes espanholas como sucessor de Franco, jurando-lhe lealdade e respeito pelas leis vigentes, o que cumpriu - é bom não esquecer.

Sempre que vejo elogiar a Transição espanhola, quando comparada com o 25 de Abril, vem-me à memória este (terrível) vídeo:



(Ler: El rey juró lealtad a Franco y todas sus leyes.)
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3 comments:

ruialme disse...

Joana, há duas semanas, em conversa com o poeta Manuel Moya (autor do livro aqui referido: http://www.elmundo.es/elmundo/2011/03/24/cultura/1300991549.html), ele dizia-me qualquer coisa como isto: "como é q vocês, q tiveram uma revolução tão extraordinária como o 25 de Abril, com uma adesão tão grande da população em geral, perderam a capacidade de mobilização q nós em Espanha estamos a conseguir ter, sem termos tido nenhuma revolução e uma transição para a democracia tão vergonhosa?"

Joana Lopes disse...

É uma bela pergunta, Rui.
Há algumas respostas possíveis, uma delas sendo que nos falta iniciativa: no 25A, a população «seguiu» os acontecimentos.
Outra - e sei que vou ser politicamente muito incorrecta - é que, cá, os sindicatos travam as mobilizações populares - com as deles. Mas houve o 12 de Março e haverá mais, assim o espero.

ruialme disse...

No esboço de resposta q fui dando ao longo dessa conversa, o q fui dizendo é q por cá deixámos q uma certa "classe" tomasse conta do Estado e fomo-nos deixando embalar pela ideia de q "eles" é q têm a obrigação de resolver tudo. Ou seja: aprendemos bem a lição de Salazar q nos modelou na confiança no Estado providencial e num nacionalismo provinciano.
Espanha, talvez por via da natural fragmentação regionalista, teve mais facilidade em criar dinâmicas mais locais.