Ninguém ousou negar a brutalidade do impacto, para o orçamento das famílias, do aumento do IVA na electricidade. Mas o ministro das Finanças dourou a pílula, agitando o efeito benéfico da «tarifa social» que se aplica aos «clientes economicamente vulneráveis», aqui caracterizados.
Não tinha a menor noção sobre o valor da dita «tarifa social», mas fiquei esclarecida através do blogue da Paula Cabeçadas e reforço o que ela explicou.
É a ERSE que, em Dezembro de cada ano, aprova e publica «as tarifas e preços para a energia eléctrica e outros serviços regulados (…) para vigorarem durante o ano seguinte», incluindo a tarifa social.
O quadro que se segue apresenta os valores da referida tarifa, em vigor durante 2011.
(Fonte)Ou seja, quem pagava até agora uns modestíssimos 50 euros / mês + 6% (53 euros), e passaria a pagar 50 + 23% (61,5 euros) – mais 8,5 euros – será «generosamente tratado», com a maior das justiças sociais, pela aplicação dos descontos acima exibidos.
Compreendido??? Somos parvos mas não tanto.
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