Ontem, em Campo Maior, Passos Coelho não se conteve e entrou em roda livre: «Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal, mas nunca iremos por aí.», «Nós não confundiremos o exercício dessas liberdades com aqueles que pensam que podem incendiar as ruas e ajudar a queimar Portugal.»
Mas porquê? Inebriado pelo cheiro das flores? Saudades da Manta Rota? Avisos ao esquerdista Nabeiro? Puros ciúmes de Papandreou, Zapatero, Netanyahu ou mesmo Cameron?
Mais a sério: Jorge Fiel, no JN de hoje, deixa-lhe alguns avisos:
«Agastado com a opinião de correligionários que se comportam como cães que não conhecem dono, Passos chegou a domingo (o dia da homilia de Marcelo) e disparatou, imitando as incursões de D. Quixote contra os imaginários moinhos de vento ao investir contra os que "se entusiasmam com as redes sociais e esperam trazer o tumulto para as ruas de Portugal".
O discurso de Campo Maior foi um tremendo erro político. O primeiro-ministro não percebeu que os cães só atacam quando farejam o medo na sua presa. Não compreendeu que cão que ladra não morde. E desprezou a imensa sabedoria do dito popular "os cães ladram mas a caravana passa".»
P.S. - E a propósito, just for fun, foi criada ontem, no Facebook, a seguinte «Causa»:
O facebook é uma acendalha e eu não sabia
Queremos agradecer a Pedro Passos Coelho as expectativas depositadas nas redes sociais como forma de combater a austeridade e as medidas anti-sociais deste governo. Tentaremos estar à altura.
Mais vale rir, não?...
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2 comments:
E eu que cheguei a estar pessimista...Nunca houve governo que tenha feito e dito tanto disparate em tão pouco tempo (talvez apenas o do Santana Lopes). A entrevista do Crato no Expresso é de antologia: o vazio total de ideias, de decisões, de propostas - merece ser lida com atenção aos «ainda não sei», «talvez», »vamos ver»...
Helena Pato
Será displicência ou receio de terem medo?!
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