1.11.11

Leitura imprescindível


«1975 Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras.
Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem quinze anos e é um deles. 1975. Lisboa.
Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retornados — um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia.
A adolescência torna¬-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança.
África sempre presente mas cada vez mais longe.» 
(Contracapa da obra)

A ver e ouvir, esta entrevista feita à autora por Pedro Vieira. A ler (em papel...) uma outra, de Carlos Vaz Marques, publicada no número de Outubro da revista LER.



Dulce Maria Cardoso, O Retorno, Tinta-da-China, 2011, 272 p.
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1 comments:

Septuagenário disse...

Porque será que os retornados só agora abrem o bico?

Eu penso que uma das razões é porque só agora é que sabem escrever, antes não sabiam escrever, eram os velhos analfabetos pais.

Analfabetos mas honrados com O grande.