9.12.11

Dito por aí (4)

@João Abel Manta

«Este é um momento constituinte da União Europeia. É um momento constituinte incompetente e a-democrático. Incompetente porque insiste em fazer da sobre-dosagem do tóxico a terapêutica. O que está a conduzir a Europa a uma depressão económica sem precedentes será preceito constitucional sem margem de manobra possível. A-democrático porque aposta na sua própria blindagem contra qualquer inesperado gesto democrático que o afronte.»
José Manuel Pureza, O momento constituinte

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«O que a história nos ensina sempre é que o presente nem sempre é o pior dos tempos. Sim, não vai haver nenhuma solução para a crise do euro e a cimeira que começa hoje será uma fantochada sem nome. A Europa vai passar por uma crise de que já não se lembra e, provavelmente, irá implodir enquanto união semi-política – mas, às tantas, haverá uma reconversão das coisas. (…)
Se esta crise nos levar a recuperar a política para a primeira linha – secundarizando a “alienação” provocada pelo “shopping” teorizada à exaustão pelos filósofos contemporâneos – não se perdeu tudo. Até aqui vingou o lema “a Europa não se discute”, reflexo daquele que Salazar fazia com a pátria. A ideia de começar a discuti-la é, em si, uma coisa boa.»

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«É-nos frequentemente dito que uma reestruturação da dívida é impensável, resultará em danos irreversíveis para a nossa reputação e constitui uma violação de obrigações contratuais do Estado Português. Em primeiro lugar, uma reestruturação da dívida é tudo menos impensável e constitui, pelo contrário, um facto relativamente banal na história económica, incluindo a mais recente. (…)
Finalmente, a questão das obrigações contratuais. Este é talvez o argumento mais descarado de quem se opõe a uma reestruturação. Isso porque o que está a acontecer hoje em dia com a política de austeridade são violações contratuais várias, repetidas e continuadas. Os cortes nos salários da função pública ou nas pensões violam relações contratuais, aliás consagradas na lei, para já não falar da Constituição. Um pouco por todos os setores, da cultura à saúde, passando pelas Universidades e pelos apoios sociais, relações de confiança estão a ser quebradas e direitos estão a ser desmantelados.»

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«A actual fornada de "boys" do PSD e CDS só vem substituir a fornada do PS, sendo que, para os contribuintes pagantes, tanto faz pagar a uns como pagar a outros. Sónia Fertuzinhos não fala, pois, para o país, mas para dentro do seu partido, e a sua indignação deve ser entendida como mera expressão de solidariedade com todos os camaradas que acabaram de ficar sem os lugares que, se Deus e os eleitores quiserem (e normalmente querem), recuperarão mal o PS volte a ser Governo.»
Manuel António Pina, A dança das cadeiras
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1 comments:

Anónimo disse...

Blá Blé Bli...

ESCRAVIDÃO DE DÍVIDA
ESCRAVIDÃO FINANCEIRA

Como estamos hoje a viver numa Grande Depressão Financeira, Económica e Social (escrevi pela ordem da importância que actualmente damos às coisas), mas que só será assim descrita e catalogada daqui por uns anos, pois a nossa capacidade de visão e de percepção do PRESENTE é limitada... Vou deixar aqui, neste blogue, a minha modesta opinião sobre o que deveríamos começar a fazer para alterar o rumo catastrófico que actualmente estamos a seguir:

1- Encerrar os Mercados Financeiros;

2- Queimar os "Livros" das Dívidas Especulativas Existentes;

3- Nacionalizar toda a Banca Privada;

4- Retalhá-la em pequenos Bancos Nacionais (Privados só depois do ponto 5 estar concluído)

5- Reescrever do ZERO todas as Regras do Sistema Monetário. Isto se desejarmos continuar a viver com um Sistema Monetário.

Meus caros... actualmente

TODOS OS BANCOS SÃO ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

E não se preocupem que não sou Eu o único a afirmá-lo... Felizmente há mais LOUCOS como Eu... pena ainda sermos poucos.