18.12.11

Professores, a nova prioridade na lista das exportações


Quando os meus pais emigraram para Moçambique porque as condições de trabalho na «metrópole» eram muito más, na primeira metade do século passado, levavam na bagagem uma «Carta de Chamada». Tratava-se de um documento assinado e enviado por um comerciante ou um funcionário público local, que se responsabilizava pelo candidato a emigrante. E nem sempre era de fácil obtenção.

Ainda há hoje alguns entraves para assentar arraiais, por exemplo em Angola, mas a «cooperação» promovida pela nossa diplomacia económica, com o dr. Portas ao leme, oleará os circuitos e tentará encher charters com professores destinados a Luanda ou a S. Paulo.

Tudo isto a propósito destas inacreditáveis declarações do primeiro-ministro, que merecem ser ouvidas e vistas.



Se preferirem em versão televisiva: «Você é o elo mais fraco. Adeus!»

(Regressa, Alexandre Miguel Mestre, porque estás perdoado.)
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3 comments:

mdsol disse...

O PPC não distingue os níveis de intervenção. Baralha-se nos meandros de uma ética que uma qualquer boa pessoa deve ter [já que há quem diga que é uma boa pessoa [whatever], dou de barato que o seja). Não entende que o alcance do seu lugar é outro... O que ele diz é a capitulação completa do sentido político do lugar que ocupa. Portanto, completamente sem sentido, aconselho-lhe a ele, o seu próprio remédio.

Septuagenário disse...

A falta de matéria prima, é que leva a que haja professores em excesso.

Lá terão que ir à procura onde haja muitos meninos.

Antigamente ia-se no Vera Cruz e com carta de chamada.

Voltamos ao mesmo.

Mas que vida a nossa!

NG disse...

Inacreditáveis porquê? 10 milhões de pessoas num barroco de pedras e mato vivem de quê? Se os portugueses vivessem apenas da riqueza que se consegue criar em Portugal há quanto tempo este não teria já desaparecido!