31.3.12

Excursões de finalistas do pré-escolar?



Pelo Expresso de hoje (sem link), fico a saber que «Aos 5 anos já se viaja como finalista». Mais concretamente, que não é só quem acaba um curso universitário, ou mesmo secundário, que se mete à estrada para «festejar» o fim de um ciclo de estudos, mas também os que terminam o 1º ciclo (4ª classe, se não se importam…) ou, pasme-se!... o pré-escolar. 

Não tenho qualquer argumento especial contra, mas não consigo imaginar nenhum a favor. 

«Além da diversão, vamos alertar as crianças para os desafios do 2º ciclo», diz alguém responsável por um desses resorts que recebem as excursões. Os terríveis «desafios» que esperam miúdos de 9 ou 10 anos! 

Ora bem, e aqui vai a minha posição politicamente incorrecta da semana: eu, que não me senti nada traumatizada, nem «desafiada», por ter feito exame na 4ª classe, e que até tenho aqui à minha frente um «Exame de Passagem» da Classe Infantil para a Primária, em folha dupla azul de 25 linhas (com Prova Ortográfica, Caligráfica, Aritmética e Desenho…), confesso que não gostaria mesmo nada que assustassem os meus netos, quando tiverem 10 anos, com os desafios que os esperam daí a umas semanas. 

Também devem certamente dizer a essas crianças que precisam de ser «competitivas»… 
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5 comments:

JNRpresidenteREA disse...

Presumo que haverá algum grupo de viagens do género do que leva milhares, mais graúdos, a Lloret de Mar. Neste último caso é o desafio da queda no passeio, em vez da derrocada bolsista, ou do salto competitivo de vários andares, como nos crashes de antanho em Wall Street. Povo inovador como o nosso, certamente os empreendedores das nóveis viagens de finalistas da 4ª classe criaram novos desafios. Só pode.

Joana Lopes disse...

E, pelo que li, Jorge, também falam às crianças do que se passou em Lloret, para lhes dar ideias, não?...

Septuagenário disse...

Esta era para ser no 1º de Abril?

É a primeira vez que este blog baralhou as coisas.

Joana Lopes disse...

Não, não, não baralhei nada...

Septuagenário disse...

Então se não houve equívoco, espero que as crianças peçam explicações aos paizinhos e professores.

Não se se ainda será responsabilidade dos avós, é muito mau!