Nunca pensei passar umas horas na terra de Estaline, mas aconteceu.
Lado a lado, num mesmo recinto do centro de Gori, encontra-se o Museu Estaline, a casa em que nasceu e a célebre carruagem blindada em que viajava.
Se da casa e da carruagem nada de especial tenho a dizer (ficam apenas umas imagens para memória futura), o mesmo não se passa com o Museu. É grande, cheio de fotografias, documentos e objectos bem apresentados. Mas, da primeira à última sala, visita-se um verdadeiro «monumento» laudatório e glorioso, no mínimo aterrador e que me dispenso de descrever…
Antes de sair, através de uma intérprete que falava espanhol, perguntei à guia se não lhe parecia que faltava uma parte das histórias e da História − em 2012, num país orgulhoso de ser independente há mais de duas décadas, etc., etc., etc. Disse-me então que o edifício vai encerrar em Outubro, durante dois anos, e que reabrirá totalmente reformulado e com o nome alterado para Museu do Estalinismo.
Assim sendo, por um daqueles acasos e encantos de turista acidental, acabei por visitar hoje uma das últimas grandes «homenagens» a um filho da terra na qual, pelo que me dizem, muitos mantêm ainda um orgulho escondido por o terem dado a este mundo…
Vi mais coisas, hoje, mas a descrição fica adiada por absoluta falta de tempo.
Museu
Casa e quarto onde nasceu
Interior da carruagem
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1 comments:
Cara Joana Lopes
Curiosamente o meu Anti-Stalinismo (não sei se faz sentido esta expressão) nasceu precisamente na URSS onde me "mandaram" tirar um curso de 6 meses. Pouco dado a estar quieto (era um jovem com 23/24 anos, meti o nariz em tudo. Diga-se a verdade nunca ninguem me perguntou quem era e o que ali estava a fazer.
Atrás do Mausoléu do Lénine havia presumo que 12 "campas". Das mais de uma duzia de vezes que lá passei, na do Staline havia sempre flores frescas, embora o conhecimento da verdade nos deixe muitas duvidas do seu merecimento.
Abraço
Rodrigo
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