O presidente da República esteve reunido, durante oito horas, com cerca de duas dezenas de senadores do País. No fim e como previsto, um não-senador leu um comunicado. Inócuo, incolor e inodoro.
Era de esperar outra coisa? Não, de modo algum. Já se sabia que se ia dizer que a coligação voltou a estar bem muito obrigada e que a TSU vai ser substituída por outras medidas aparentemente menos canhestras. E, também, que não faltariam uns parágrafos bem-pensantes sobre necessidade de desenvolvimento, de consensos, diálogos e generalidades do mesmo tipo.
Durante muitas horas, milhares de pessoas em Lisboa, e muitas outras espalhadas pelo país, deram ao conclave e aos seus membros a importância suficiente para esperarem, de pé, e lançarem gritos de protesto, de apelo, de raiva. Continuaram o que várias centenas de milhares de portugueses tinham começado alguns dias antes.
Mas não mereceram uma simples referência no longo texto do comunicado, por mais ligeira e não «comprometida» que fosse. Foram ignorados. Os senadores limitaram-se a vê-los, através dos vidros dos carros topo de gama em que saíram a correr do palácio.
Quando os mais altos responsáveis de um Estado ignoram, oficialmente, que o povo está na rua, com a dimensão e o civismo mais do que demonstrados, entram em guerra contra ele. São agressivos – violência é isto.
. Quando os mais altos responsáveis de um Estado ignoram, oficialmente, que o povo está na rua, com a dimensão e o civismo mais do que demonstrados, entram em guerra contra ele. São agressivos – violência é isto.
9 comments:
Bláblábláblá: a linguagem política deste país. Nunca esperei mais do que isso deste Conselho.
Felizmente o povo está a acordar!
sim, violência é isto...
Ultimamente lembro-me muito do "se não têm pão, comam brioches": a cegueira em relação ao povo é algo que não costuma dar bons resultados.
O costume, não?
E as dificuldades aumentaram muito nos dias de semana, entre horários «supletivos» e os filhos.
Os desempregados ainda terão dinheiro para transportes? Andarão no biscate? etc., etc., etc..
De qualquer modo não há como não continuar. Até.
Não sei o que será o até. Mas eu se fosse ao sr silva, lavava melhor os ouvidos. Bem sei que a ele, principalmente a ele, não lhe convem.
É o que os trama : ou insistem ou voltam.
Oxalá!
Se não estes, quais são as opções? A esquerda cómica de Louçã ou a repetetiva tagarelice de décadas de Gerónimo e sucessores?
Precisamos de opções e não de mais um a dizer o mesmo óbvio discurso de que 'a coisa não está bem'.
Então e opções?
A esquerda cómica de Louça ou a do repetitivo e patético Gerónimo e sucessores?
Não sejamos somente mais uns a opinar. Aponte-se opções sérias e concretas!
De fala-baratice está este país cheio.
Opções onde estão? Apontem ou deixem-se de criticas vãs!
E não, este governo não tem nem a minha cor nem teve o meu voto.
Muito bem, Joana. Na "mouche".
Num curto espaço de tempo, quase certo teremos um novo SALAZAR.
«sal, azar e bomba H», diria a Luiza Neto Jorge.
Esse não volta. Mas um sobrinho, não sei.
Aliás, nem sei se já não está cá o primo mais novo. Que este governo ou é primo ou um «relativo» qualquer.
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