21.11.12

A Grécia ou o suplício de Tântalo



Mais uma reunião de 11 ou 12 horas do Eurogrupo, mais um adiamento para libertar, ou não, os 31,2 mil milhões de euros que o governo grego espera desde Junho passado. Tal como Tântalo, Antonis Samaras viu, uma vez mais, a água que se escoou sem a poder beber e o vento afastar os frutos das árvores sem conseguir alcançá-los. É resistente.

Embora reconhecendo-se que a Grécia «se portou bem», porque adoptou as medidas impostas pela troika, e com divisões mais ou menos cosméticas entre o FMI e a União Europeia, invocou-se o pretexto da necessidade de mais estudos técnicos para esconder a realidade, pura e crua, que todos conhecem: a Grécia, exaurida e arrasada por mais de cinco anos de recessão, afundar-se-á com ou sem os 31,2 mil milhões de euros.

E nós também, infelizmente, se não aproveitarmos o pouco tempo que ainda nos resta para mudarmos de rota. 
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