20.12.12

Um Orçamento com a consistência de um castelo de cartas



«Na parte económica, este Orçamento tem a consistência de um castelo de cartas. (...) Pedro Passos Coelho terá provavelmente que apresentar um plano B. (...) Ficará provado aquilo que a maioria dos economistas já afirmou: este Orçamento não serve porque segue a estratégia errada para resolver o problema das contas públicas e é inimigo do crescimento económico.(...)

Por isto, o Presidente da República está numa situação difícil. Se o Orçamento chegar ao Constitucional por iniciativa dos deputados, Cavaco Silva parecerá irrelevante numa questão fundamental para o futuro imediato do país. Caso a fiscalização sucessiva seja a pedido de Belém, não se vai livrar das críticas do Governo e de alguns sectores do PSD. As declarações de Passos Coelho no fim-de-semana são esclarecedoras. Porém, está na altura do Presidente da República assumir a sua importância e poder político. Não deve criar crises políticas gratuitas mas os portugueses têm que sentir que Cavaco Silva protege os seus direitos.»

(Daqui)

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