Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins Rodrigues, Francisco Miguel, Guilherme da Costa Carvalho, Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro Soares e Rogério de Carvalho fugiram da Fortaleza de Peniche, em 3 de Janeiro de 1960, numa iniciativa absolutamente espectacular.
«Mesmo que, por qualquer motivo, a fuga tivesse sido abortada na sua segunda fase – o trajecto para os esconderijos na zona de Lisboa -, nem por isso deixaria de poder ser considerada um enorme sucesso político para o PCP e um momento alto contra o regime de Salazar. Poucas fugas de carácter político se lhe podem comparar, mesmo incluindo as mais célebres fugas ocorridas durante a II Guerra Mundial. Na história do movimento comunista, é um acontecimento ímpar.»
José Pacheco Pereira, Álvaro Cunhal. Uma Biografia Política. O Prisioneiro (1949-1960), volume 3, p.724.
(Desenho de Margarida Tengarrinha, onde pode ser visto o percurso da fuga.)
Entretanto: se alguém julga que o plano de instalar uma Pousada na Fortaleza está abandonado, desengane-se já que, de vez em quando, o Grupo Pestana fá-lo renascer das cinzas. Não fosse «a crise» e talvez já víssemos concretizado um projecto semelhante ao do Paço do Duque, hoje existente na antiga sede da PIDE em Lisboa. Oxalá não (re)acordemos demasiado tarde.
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