Cavaco Silva foi ontem ao Algarve abrir um congresso de Cardiologia, falou dos riscos associados a sedentarismo, tabagismo, obesidade, consumo excessivo de álcool, e de mais uns tantos, e aproveitou para nos avisar que, segundo o seu médico, não nos livraremos dele tão cedo porque procura «adoptar um estilo de vida saudável».
Mas, já entre portas, foi mandando outros recados pelos jornalistas. Afirmou e repetiu: «Não me venham dizer depois que eu não avisei em devido tempo que é preciso desde já, no fim de Abril de 2013, ter em consideração os desafios e as exigências que serão colocadas a Portugal depois de terminar o programa de ajustamento».
E terá especificado que é fundamental que todos os agentes políticos portugueses estudem muito cuidadosamente o que é que significa o «pós-troika» para que não sejam exigidos sacrifícios desnecessários aos portugueses.
Terá provavelmente razão porque o «pós-troika» é certamente a última das preocupações dos actuais governantes e dos que esperam vir a sê-lo em breve. Mas para nós, tristes governados, que nem sabemos o que nos vai acontecer esta semana (quanto mais no «pós-troika»!...), a mensagem é muito sibilina e não ajuda a entender os profundíssimos desígnios do presidente. A não ser que isto ande tudo ligado e que, quando Selassie & friends nos abandonarem, corramos o risco de alguém nos obrigar a sermos menos sedentários, a deixarmos mesmo de fumar e de beber umas pinguinhas, como Cavaco lembrou aos cardiologistas...
(Imagem daqui.)
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