(Expresso, 25/5/2013)
Cavaco não desiste: não conseguiu que o famigerado comunicado da reunião do Conselho de Estado incluísse um compromisso alargado dos senadores da Nação com vista ao período pós-troika, vai tentar agora outra via.
Segundo o Expresso de hoje (caderno principal, p.9, sem link), «depois dos políticos, o Presidente da Republica quer pôr os economistas a pensar no pós-troika. Em Julho, vai realizar uma reunião no Palácio de Belém com economistas portugueses, alguns dos quais a trabalhar no estrangeiro, para debater a evolução da economia e das finanças portuguesas no quadro das mudanças previsíveis da União Europeia. A ordem de trabalhos não é a mesma (...), mas a preocupação é encontrar e, se possível, consensualizar uma estratégia de médio prazo que tenha em atenção "os problemas e desafios" que o país via ter de enfrentar no final do período de ajustamento e que Cavaco Silva considera de resolução crucial».
Mas talvez não fosse mau que o Presidente tivesse em conta o que Eduardo Pais Ferreira lembra em entrevista ao mesmo jornal (p.6): «Discutir o já é mais importante que discutir o pós. Senão não há pós-troika.»
Foi precisamente essa discussão que Cavaco Silva não conseguiu impedir no Conselho de Estado, mas proibiu que fosse oficialmente divulgada. Saiu-lhe mal a jogada – com efeito boomerang . Mas aparentemente não aprende.
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