De vez em quando, tropeça-se por acaso em textos com oito décadas que mostram como há mentalidades que vêm de muito longe e que imprimiram carácter.
Os termos utilizados no discurso são hoje diferentes, a sua concretização talvez mais difícil, mas a «ética» subjacente é fundamentalmente a mesma. Ou não?
«O subsídio sem o trabalho compensador desmoraliza os indivíduos, torna-os indolentes, comodistas, completamente inúteis à vida duma sociedade. O subsídio a troco de trabalho, pelo contrário, não desabitua os homens da sua função natural dentro da vida e enriquece o País com o acabamento e a iniciação de obras públicas que são de utilidade para todos. Desta forma, o imposto do desemprego não se torna tão pesado ao contribuinte, porque, além de sarar uma chaga social que o deve incomodar, vai encontrar-se em melhoramentos que ele próprio reclama há muito tempo.»
António Oliveira Salazar, 1932
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