«Em finais dos anos 60, a turma do Carrossel Mágico fazia a delícia das crianças. Franjinhas, o Saltitão, Ambrósio, o Hortelão e a Anita eram heróis simples e ternurentos. Hoje, para os mais velhos, há uma nova versão do Carrossel Mágico, interpretada por Cavaco Silva, Passos Coelho e Paulo Portas.
Como convidada especial surge Maria Luís Albuquerque. O argumento é de Merkel e a realização de Schäuble. É isso que permite que enquanto Cavaco, com pausa refrescante para o fim-de-semana, ouve todas as associações sobre se o Governo pode ou não ser remodelado assim, a Europa já aprovou o desenlace. (...)
É assim que as instituições vão criando bolor. O que custa é a irrelevância desta encenação. O Governo está desenhado e já foi sufragado pelos burocratas de Bruxelas e Berlim antes dos portugueses terem a noção do que pode mudar. O Carrossel Mágico português roda à volta do eixo vertical de Bruxelas que tudo hegemoniza. Só os políticos portugueses, ufanos do seu poder, ainda não descobriram que são apenas um brinquedo de um parque de diversões maior. Onde não têm peso nem voz. E onde apenas fazem figura de animadores de um país tutelado.»
Fernando Sobral
O link pode só funcionar mais tarde.
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