Teria agora 94 anos e poderia participar nos festejos que assinalam o 50º aniversário do seu famoso discurso «I have a dream», proferido em 28 de Agosto de 1963, no fim da «March on Washignton for Jobs and Freedom».
Ver a América com um presidente negro, e ter Obama a seu lado, seria a prova viva de que o seu sonho se tinha realizado, pelo menos em parte. Foi sem dúvida longo e absolutamente decisivo o caminho percorrido nestes últimos 50 anos e a humanidade registou uma grande vitória nesse campo.
Mas estou certa de que olharia com amargura para o estado de um mundo onde ainda são tantas as descriminações, mesmo raciais, e que está em vésperas de mais uma guerra, praticamente garantida, com o seu presidente negro nela totalmente comprometido. Martin teria de repetir (ainda...) o que disse no fim do seu discurso de 1963: que continuava a sonhar com o dia em que «todos os filhos de Deus, homens negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos [e não só...] poderão dar as mãos e cantar as palavras do velho espiritual negro: «Free at last! Free at last!»
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